domingo, 22 de julho de 2012

homem vs Homem

A notícia já data do ano passado, 2011, mas continua a ser actual, na medida em que a comunidade científica continua insatisfeita com a mesma. Falamos da decisão da UE que, sob o véu dos Direitos Humanos, proibiu a experimentação científica que pudesse prejudicar o ser humano. Ou, por palavras dos próprios, “sempre que o respeito devido à dignidade do ser humano puder ser afectado”. Até aqui, parece não haver problema, mas os chefes da Europa, de raízes católicas, onde reside a Sede da Igreja, consideraram que a dignidade do ser humano é afectada quando se realizam experiências com embriões. Foi nesta altura, precisamente, que os grandes cientistas, os grandes génios que juntam forças todos os dias para salvar o ser humano das intempéries, vulgo doenças, rasgaram as vestes e gritaram "Blasfémia! Crucifiquem-nos!". Desdramatizando, vejamos com mais pormenor esta história, pois pode ter algumas semelhanças com outra nossa conhecida:

"A decisão foi tomada num processo no qual o grupo ambientalista Greenpeace questionava a patente concedida ao pesquisador Oliver Brüstle, da Universidade de Bonn, na Alemanha, garantindo a propriedade intelectual de um método que converte células-tronco embrionárias humanas em células do sistema nervoso. No processo de extração das células-tronco, o blastocisto – embrião de cerca de cinco dias de idade – é destruído." (http://www.inovacao.unicamp.br)

Alemães a utilizarem seres humanos "inferiores" para descobrirem curas para doenças em humanos "superiores"? Onde é que já vi isto... O que não deixa de ser curioso, e podia bem dar uma capa de revista ou manchete no New York Times, é que o mangífico cientista alemão Oliver Brustle, já foi um blastocisto! E isto não é um insulto, uma vez que um blastocisto - Oliver Brustle com 5 dias - não pode ser considerado inferior a um agregado de células diferenciadas - Oliver Brustle com 60 anos, só porque este é cientista e tem algumas ideias discutíveis e o primeiro ainda não tem cérebro para as ter. De qualquer forma, não estaremos a voltar aos tempos áureos do nacional-socialismo alemão ou do comunismo utilitarista que dizimou milhares na ucrânia, só porque eram incapazes de produzir mais do que consumiam? Se matamos enquanto são apenas células indiferenciadas, o genocídio e menos reprovável? Na altura, matavam-se uns para o bem económico de outros, agora matam-se uns para melhorar a saúde (ou tentar!) de outros. A mim, desculpem-me a ousadia, mas soa-me bastante semelhante, mas desta vez mais covarde (porque se metem com seres humanos indefesos). 

Pois é aqui que Cristo vence outra vez, porque "os últimos são os primeiros e os primeiros são os últimos". E "o reino dividido contra si mesmo não pode subsistir". Enquanto alguns homens quiserem matar outros homens, utilizando como justificação uma teoria, também ela, humana, não haverá paz, e o bem aparente torna-se rapidamente no caos.

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