segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Mensagem de Natal

Para que Cristo visita a minha alma, tal como visitou a gruta de Belém, Ámen!

Eu nestes últimos dias tenho tido pouco tempo para actualizar o blog por terem sido as ultimas semanas do semestre, e isso significa muitos trabalhos para entregar, no entanto a carga de trabalho só aparentemente acabou, porque o mês de Janeiro significa exames, e por isso muito tempo dedicado aos estudos e pouco para outras coisas, como é o caso de Blog!
Estou a escrever isto as 23 horas de Domingo dia 19 de Dezembro e a luz da minha casa acabou de ir abaixo, parece ser alguma coisas séria porque o quadro dá faísca sempre que tentámos ligá-lo, mas tive a sorte do portátil estar com a bateria inserida que o faz ser a única máquina eléctrica ligada em casa, excepto os telemóveis que me lembrei agora!
Voltando ao motivo da minha postagem, e ainda que tudo há minha volta permaneça escuro, queria simplesmente alumiar anunciando ou melhor relembrando que Cristo nasceu no próximo dia 25 de Dezembro e sendo Filho de Deus nasceu numa fria gruta fora de Belém, e por isso é dever de todos Católicos de prepararem um lugar confortável para que o menino Jesus possa nascer e repousar, devem ter pronto um lugar com amor, quente e aconchegado mas principalmente de silêncio para que possamos melhor acolher na nossa alma o sono do menino Jesus..

Talvez o Rei da Paz não se incomode com um pouco de dureza ou frio que os nosso corações possam ter, não foi ele que aceitou nascer numa gruta no Inverno? Ou como uma ovelha pôs ajeito a sua cabeça, sacrificada pelo bem do povo? Sim, o filho do Homem abandonou toda a sua glória para estar connosco, o Deus de Amor visitou o seu Povo e a sua presença aqueceu a noite fria de Belém e foi aquecendo todas as outras noites de Natal desde então no qual o frio invernal, mais aperta e a noite é mais morosa!

Como o tempo é curto, quando a luz voltar a minha casa postarei esta mensagem que agora escrevo, sem muitas delongas. Por isso há luz da vela quero desejar a todos que passarem nesta página um Feliz Natal e um próspero Ano Novo!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Imaculada Conceição - Padroeira de Portugal

Em acção de graças, ao Imaculado Coração de Maria, Ámen!

Autor - Carlos Nogueira

Sabe-se que foi com o Rei D. João IV, da Ilustre Casa de Bragança, que foi instituído o estatuto de real religiosidade,de ser considerada Nossa Senhora da Conceição, como Padroeira de Portugal. Frei João de S. Bernardo recordou no acto da coroação do Rei, que já D. João I construíra o Mosteiro da Batalha e D. Nuno Álvares Pereira erigira o Convento do Carmo e os Infantes D. Fernando e D. Beatriz fundaram em Beja , o Mosteiro da Conceição, com o voto sublime de invocação à Virgem Santíssima, Nª Sª da Conceição. E em Alenquer ?. Lembramos para já e por agora a Igreja de Nª Sª da Conceição em Pereiro de Palhacana. E mais à frente faremos alusão ao excelente trabalho de autoria do Senhor António Quintino, sobre as Festas em honra de Nossa Senhora da Conceição, naquela localidade, publicado no jornal Nova Verdade, na edição de 30 de Novembro de 2001(página 23).

O Rei D. João IV, não esqueceu a exortação de Frei João de S. Bernardino, e nas cortes de 28 de Dezembro de 1645, conduziu os três Estados do Reino, a elegerem Nª Sª da Conceição, por defensora e protectora de Portugal e seus territórios. Aliás, o Rei intitulava-se não só soberano de Portugal, mas também Senhor da Guiné e da Conquista , Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia.

A deliberação solene de tomar Nª Sª da Conceição como Padroeira de Portugal, teve lugar em 25 de Março de 1646. Perante toda a Corte, o Rei pronunciou:

- assentamos de tomar por padroeira de Nossos Reinos e Senhorios, a Santíssima Virgem, Nossa Senhora da Conceição, na forma dos Breves do Santo Padre Urbano 8º, obrigando-me a aceitar a confirmação da Santa Sé Apostólica e lhe ofereço em meu nome e do príncipe D. Theodósio, e de todos os meus descendentes, sucessores, Reinos, Senhorios e Vassalos a Sua Santa Caza da Conceição sita em Vila Viçosa-.

O acto de imponente solenidade prosseguiu com os juramentos e os efeitos reais própriamente ditos: - se alguma pessoa intentar contra esta nossa promessa, juramento e vassalagem, por este mesmo efeito, sendo vassalo, o havemos por não natural e queremos que seja logo lançado fora do Reino; se fôr Rei, haja a sua e nossa maldição e não se conte entre nossos descendentes, esperando que pelo mesmo Deus que nos deu o Reino e subiu à dignidade real, seja dela abatido e despojado. Para que em todo o tempo haja a certeza desta nossa Eleição, promessa e juramento, firmada e estabelecida em Cortes, mandamos fazer dela três autos públicos, um que vai ser levado de imediato à Corte de Roma para se expedir a confirmação da Santa Sé Apostólica, outro que se juntará a esta confirmação, e o terceiro com cópia se guarde no Cartório da Caza de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa e na nossa Torre do Tombo - - Lisboa, aos 25 de Março de 1646; Baltazar Roiz Coelho, o fez; Pedro Vieira da Silva, o escreveu.

Em 25 de Março de 1646, dia de Ramos, perante a Corte e representantes do Reino e cinco bispos reunidos na Capela Real dos Paços da Ribeira, realizou-se esta solene cerimónia de juramento. Pedro Vieira da Silva leu em voz alta o texto e por fim a fórmula do juramento, que o Rei, ajoelhado, diante do altar foi repetindo. O mesmo fizeram o príncipe, os grandes da nobreza, os representantes do povo e os bispos presentes. O acto terminou com solene Te Deum.

A confirmação papal, todavia, demorou 25 anos a chegar, devido a intrigas de Filipe IV, que faziam manter suspensas as nossas relações com a Santa Sé. Finalmente em 1671, Clemente X, aprovou e confirmou o decreto de el-Rei D. João IV. O Breve Papal ratificou a "eleição da Bem Aventurada Virgem Maria sob a invocação da Santíssima Conceição, como particular, única e singular Advogada e Protectora do Reino de Portugal".

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Le concert

Neste último fim de semana fui ver este filme Francês - Le concert; um filme cheio de comédia, diálogo cativantes, inteligentes e profundos que atravessam muitos dos problemas actuais do nosso mundo, e no final um toque de brilho, um concerto que vai tocando na nossa alma à medida que é tocado. Estes filmes definem o bom cinema, e faz-nos ver o lixo que muitas vezes visualizamos sem nos darmos conta, ao elevar um pouco a nossa sensibilidade no que diz respeito à beleza no cinema. Não é nenhum filme sacro nem diz respeito a nenhum drama religioso como os Homens e os Deuses, outro filme Francês que também recomendo, longe disso, é uma história de um conjunto de pessoas russas, com os suas virtudes, sofrimentos, defeitos, alegria e principalmente Vida que explode e vivifica no final aquando o concerto. Este filme é para ver pelo menos duas vezes, porque em todas as cenas à referências imperceptíveis e outras mais perceptíveis sobre a sociedade Ocidental as suas virtudes e os seus defeitos, sobre as questões que tocam-nos todos os dias, e principalmente na França. Mas é na música que tudo resolve-se e ordena-se, a solução perfeita é encontrada na harmonia musical, e a realidade transmuta-se e idealiza-se na música tocada no final. Mas o problema central é um drama mais pessoal, que agora não vale apena aqui estar a assinalar, vejam o filme, mas ficou resolvido sem palavras, foi-lo quando a música acabou.


Aqui está o concerto do final do filme. É óbvio para quem não viu o filme, pouco escrutinará do interior dos músicos porque não conhece a história deles, e por isso não reconhecerá muita da beleza que a cena transmite! Peço desculpa, é ter uma cena de 2 segundos que para nós católicos poderia ser censurada.. mas está lá, só para efeito de comédia..



O tema da nossa geração

Para maior glória da Santa Igreja, Ámen!

Por João César das Neves

O Papa anda de novo nas notícias. Foi insultado em Barcelona e falou do preservativo num livro (Luz do Mundo, Lucerna 2010). Parece que a sociedade não entende mesmo a Igreja. Olha que novidade! Nunca entendeu. Podemos até caracterizar cada geração pelos motivos da sua crítica anticatólica.

O tema hoje é... sexo. O que traz à discussão elementos curiosos e efeitos profundos. O debate do preservativo mostra-o bem. Imagine um jornalista perguntar ao médico: "Devo fumar cigarros com filtro?" A resposta natural é que não deve fumar. Então o jornal publica a manchete: "Medicina é contra o filtro." O mal é o tabaco, mas os médicos também acham que uma vida saudável não precisa de filtros para respirar. Então um jornalista mais insistente consegue que o médico diga: "Se faz o erro enorme de fumar, então use filtro", e o jornal publica a novidade: "Medicina muda de posição sobre o filtro." Foi uma tolice deste calibre que se verificou agora.

O Papa não mudou de posição. A Igreja é contra o adultério, prostituição, promiscuidade e fornicação. Ensina que o sexo, uma das coisas mais maravilhosas que Deus fez, só deve ser vivido numa relação estável e fecunda no seio do matrimónio, sem barreiras artificiais contraceptivas. "Usar deste dom divino, destruindo o seu significado e a sua finalidade, ainda que só parcialmente, é estar em contradição com a natureza do homem" (Encíclica Humanae Vitae, 1968, n.º 13). Foi neste âmbito, dentro dos casais católicos, que a questão do preservativo foi controversa há anos, quando Paulo VI reafirmou a doutrina de sempre.

É evidente que nos outros casos a questão fica radicalmente diferente. No pecado gravíssimo do sexo fora do matrimónio, o preservativo torna-se um detalhe. Quem despreza o sexto mandamento, cometendo adultério ou recorrendo à prostituição, não tem escrúpulo de violar essa outra regra menor. A Igreja opõe-se às campanhas de promoção do preservativo, não por repúdio fanático do instrumento, mas porque esse meio, pretendendo proteger a saúde, promove a promiscuidade e aumenta o risco de sida.

A sociedade hoje anda viciada em libido, como de tabaco há anos. Castidade, pureza, fidelidade são incompreensíveis. Isso passa e voltaremos ao normal. Sabemos bem como delírios colectivos, a que assistimos tantas vezes e parecem imparáveis, se esfumam depois. O problema destas fúrias culturais está nos estragos que deixam.

A França de setecentos e a Rússia de novecentos quase se destruíram na embriaguez da revolução. Agora a cultura preservativa ameaça as sociedades que inquinou. Queda drástica de fertilidade e casamento, envelhecimento da população, degradação da família estiolam o crescimento, dinamismo social, vitalidade cultural. Pior que os tumultos antigos, o vício hedonista deteriora o tecido humano por definhamento. Entretanto o vício ataca a Igreja com disparates daquele calibre por ignorar o sentido da doutrina.

Os papas são incompreendidos e insultados há dois mil anos. Nos primeiros séculos todos morreram mártires. Depois houve papas raptados, enxovalhados, presos, assassinados. Há cem anos era normal a maçonaria gritar e atirar projécteis às janelas do palácio pontifício. O antecessor do actual bispo de Roma foi alvejado com quatro balas.

Sempre se atacou a Igreja. Os motivos é que variaram. Os antigos romanos perseguiam por razões religiosas, como depois os protestantes. Os bárbaros pretendiam credibilidade política, como Napoleão ao prender Pio VII. Os iluministas e maçons tinham um modelo social, como os soviéticos e maoistas. Criticou-se o Papado por defender os indígenas, condenar o absolutismo, ter riquezas, ser pobre, criticar as Cruzadas, promover as Cruzadas, controlar a Inquisição, instituir a Inquisição, etc. Tudo serviu para insultar papas.

Nesta vastíssima variedade de dois milénios, o nosso tempo conseguiu a proeza de ainda ser original. A razão dos insultos de Barcelona, como de Londres, foi homossexualidade e preservativo. Esse é o tema que na História marcará a nossa geração.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

A autoridade da Igreja Católica

http://www.acidigital.com/noticia.php?id=20749

A Igreja Católica continua a sua marcha ao longo da História, sempre à frente de qualquer tipo de moral decadente e bestial, hoje é a maior especialista no mundo a combater a sida, mas por puro irracionalismo, este facto é ignorado pelos supostos intelectuais que não fazem nada, a não ser atirar preservativos à Igreja ridicularizando-a.

A Cruz é o nosso sinal dado por Deus, é o sinal de Cristo!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Ratzinger e a Lei Natural

Pela tradição em Portugal, Ámen!

Se de facto pouca gente do mundo, segue a lei da Igreja no que se refere ao uso do preservativo, que se fundamenta na lei natural e enriquecida pela Revelação, deixo um pequeno trecho, do livro: Existe Deus? - Ateísmo e Verdade - Joseph Ratzinger, Paolo Flores DÁrcais; no qual o Cardeal Ratzinger, hoje Papa Bento XVI, refuta a novidade e a mutabilidade da lei natural, como um expediente usada por parte da Igreja nos séculos XIX e principalmente XX, para defender e resguardar a evidente fraqueza das convicções e da fé Católica do mundo contemporâneo.

Gad Lerner: Gostaria de citar, se me permitirdes, a objecção de um pensador laico italiano, Gian Enrico Ruscini, que, por outro lado, é de matriz Católica, foi um crente que hoje reflecte sobre a crise, por ele qualificada de paralela, do pensamento laico e da teologia católica. Afirma ele que existe uma forte crise paralela, em que a insistente referência da teologia ás leis naturais constituiria justamente um «salva-vidas» em relação ao enfraquecimento da solidez dos princípios e das certezas do passado. E essa centralidade que a defesa da vida humana assumiu na doutrina seria, precisamente, uma aquisição recente, não absoluta e permanente da história da Igreja.

Joseph Ratzinger: Eu diria duas coisas. Primeira questão: houve um certo exagero no uso da referência à lei natural, na doutrina social da Igreja, nascida no final do século XIX, e depois no século XX, até ao Concílio Vaticano II. Houve excessos. Mas essa referência [ao direito natural] um pouco - digamos - exagerada, não impede que ela esteja já presente em S. Paulo, que fala da katanoesis [a palavra grega não é de todo certa].
É uma palavra de que indica circunspecção pela criação e a profunda convicção de que a criação fala de Deus e, portanto, também do homem. Encontramo-la também no Antigo testamento; por isso, sobre a expansão da lei natural, e até onde deve ela chegar, pode e deve discutir-se. Mas, sobre o facto de que os cristãos sempre consideraram a criação como uma realidade em que está presente o logos - e, portanto, não apenas uma estrutura matemática, mas também uma indicação da vida correcta - isso é realmente uma herança dos começos.
Também é certo que, digamos, a atenção concedida à defesa da vida humana é hoje maior do que no passado e, nesse sentido, é igualmente uma característica específica do nosso século, no qual tivemos, afinal, a experiência de uma crueldade e de um desprezo do ser humano, que nos deve manter despertos.
Mas eu diria, nunca se pensou que o homem chegaria a dispor do ser humano, da vida humana. [FIM]

Infelizmente, temos que dizer que Ratzinger hoje como Papa, nas suas imprudentes palavras confundiu o mundo, ao fazê-lo crer que desistiu e cedeu um pouco mais no dever de restituição da verdadeira dignidade do ser humano. O que não é verdade, como podemos ver acima.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A Sexualidade Cristã

Pela conversão dos ateus e agnósticos, Ámen!

A vida Humana é um Dom de Deus, ninguém pode dizer-se que nasceu por mérito próprio, ou por sua própria vontade, nem se pode arrogar de ser o autor da sua própria vida. A vida é um Dom que recebemos, no qual devemos conservar, preservar e desenvolver! É no acto conjugal de amor, que Deus decidiu que fosse também o acto próprio para dar vida aos homens, ou seja, estão intimamente ligados, segundo as leis naturais criadas por Deus. Estes dois actos enriquecem-se um ao outro, e tornam o amor dos esposos plenos, pois dão-se totalmente um ao outro, o dom de si mesmo. "Salvaguardando estes dois aspectos essenciais, unitivo e procriador, o acto conjugal conserva integralmente o sentido de amor mútuo e verdadeiro e a sua ordenação para a altíssima vocação do homem para a paternidade." Humanae Vitae 12 Os esposos tornam-se um só carne, uma só alma, na plenitude da unidade.
A questão da malignidade do uso de preservativo advêm de artificialmente negar o dom da vida, invertendo o acto de doação e luz dos esposos, transformando-o num acto de egoísmo, remetendo o parceiro para um plano igual a de um objecto de consumo, pronto para ser devorado como por um buraco-negro. "É (pois) de recear que o homem, habituando-se ao uso das práticas anticoncepcionais, acabe por perder o respeito pela mulher e, sem se preocupar mais com o equilíbrio físico e psicológico dela, chegue a considerá-la como simples instrumento de prazer egoísta e não mais como a sua companheira, respeitada e amada." Humanae Vitae 17. Assim os contraceptivos, transformam os seres humanos em predadores bestiais porque abrem um buraco de desresponsabilização, ao destruir voluntariamente qualquer possibilidade de vida que está intrinsecamente unida ao acto sexual.

Agora o demónio pergunta, se o esposo tiver sida devido a um acto irreflectido de adultério, pode fazer sexo com a esposa, protegendo-a com o preservativo para a não contaminar?

"Quem reflectir bem, deverá reconhecer .. que um acto de amor recíproco, que prejudique a disponibilidade para transmitir a vida que Deus Criador de todas as coisas nele inseriu segundo leis particulares, está em contradição com o desígnio constitutivo do casamento e com a vontade do Autor da vida humana. Usar deste dom divino, destruindo o seu significado e a sua finalidade, ainda que só parcialmente, é estar em contradição com a natureza do homem, bem como com a da mulher e da sua relação mais íntima; e, por conseguinte, é estar em contradição com o plano de Deus e com a sua vontade." Humanae Vitae 13

"É, ainda, de excluir toda a acção que, ou em previsão do acto conjugal, ou durante a sua realização, ou também durante o desenvolvimento das suas consequências naturais, se proponha, como fim ou como meio, tornar impossível a procriação." Humanae Vitae 20

A solução é a Fidelidade para prevenir estes casos..

Mas o demónio astuto, dizia que o casamento estava em risco, devido a esta situação?

Não se podem invocar, como razões válidas, para a justificação dos actos conjugais tornados intencionalmente infecundos, o mal menor, ou o facto de que tais actos constituiriam um todo com os actos fecundos, que foram realizados ou que depois se sucederam, e que, portanto, compartilhariam da única e idêntica bondade moral dos mesmos. Na verdade, se é lícito, algumas vezes, tolerar o mal menor para evitar um mal maior, ou para promover um bem superior, nunca é lícito, nem sequer por razões gravíssimas, fazer o mal, para que daí provenha o bem; isto é, ter como objecto de um acto positivo da vontade aquilo que é intrinsecamente desordenado e, portanto, indigno da pessoa humana, mesmo se for praticado com intenção de salvaguardar ou promover bens individuais, familiares, ou sociais." Humanae Vitae 14,

A solução é a castidade para que o amor dos conjugues seja sagrado e compreensivo..


No mundo de desgraça em que vivemos, as virtudes da castidade e da fidelidade não são respeitadas, por isso aparece aqui o preservativo como uma falsa solução, porque pecaminosa. Queria acrescentar por isso, a dificuldade de julgamento da gravidade do pecado, tanto em relação ao uso de preservativo como em relação à transmissão consciente de uma doença sexualmente transmissível a um conjugue! No primeiro caso é uma transgressão do 6º mandamento (guardar castidade), e no último, uma transgressão do 5º mandamento (Não matarás), assim julgo que transgredir o 5º mandamento seria mais grave, pois além de pecarmos contra nós e Deus, pecámos contra o próximo, enquanto no 6º não pecámos contra outro ser humano. Só a nossa fraqueza nos leva a distinguir a gravidade da infracção de 2 mandamentos, porque são ambos pecados, devia ser o bastante para não infringir os 2.

Também queria acrescenta que no trecho acima d
a Humanae Vitae do Papa Paulo VI, este parece fazer uma distinção, entre tolerar um mal menor para impedir um mal maior, e tolerar um acto mau para alcançar um bem, dizendo que este último não é licito porque é logicamente impossível, o problema é que estas duas distinções facilmente podem ser manuseadas para qualquer situação, como o exemplo acima dado, se é ilícito usar um preservativo para proteger um casamento, já seria tolerável o seu uso como um mal menor para não contagiar o conjugue?? A única resposta objectiva, seria que são duas situações pecaminosas..

A miséria do nosso mundo é incomensurável e nunca mais acabaria e os exemplos seriam muitos, e o demónio aproveitaria-se sempre da nossa situação para aumentar o escândalo, mas a lei de Deus escrita na criação não mudaria uma virgula! No entanto a questão essencial, e julgo eu que não se pode resolver objectivamente, é se é sempre pecado o uso de preservativo, por exemplo, no caso de um esposo ser estéril involuntariamente e ele ou a esposa terem alguma doença sexualmente transmissível, se seria bom o uso de preservativo? A resposta julgo eu, é dúbia, podia ser como não ser, depende caso o acto conjugal fosse uma manifestação de amor, ou um uso egoísta dos corpos.. São coisas que não se legislam porque são coisas particulares subjectivas, e a lei por natureza deve ser universal, no entanto no nosso mundo actual de relativismo, dificilmente isso acontece, mas ainda assim as melhores leis são aquelas mais próximas da universalidade da Verdade. O Cristianismo defende a plenitude humana, por isso é regido por máximas, como o próprio Jesus ensinou, como a própria felicidade requer. Assim teremos vida em abundância, sem misérias como aquelas ilustradas acima!


"A doutrina da Igreja sobre a regulação dos nascimentos, que promulga a lei divina, parecerá, aos olhos de muitos, de difícil, ou mesmo de impossível actuação. Certamente que, como todas as realidades grandiosas e benéficas, ela exige um empenho sério e muitos esforços, individuais, familiares e sociais. Mais ainda: ela não seria de facto viável sem o auxílio de Deus, que apóia e corrobora a boa vontade dos homens. Mas, para quem reflectir bem, não poderá deixar de aparecer como evidente que tais esforços são nobilitantes para o homem e benéficos para a comunidade humana." Humanae Vitae 20

domingo, 21 de novembro de 2010

Ainda sobre as declaraçãoes de Bento XVI

Em memória de todas as vítimas do aborto, Ámen!

Eu na postagem anterior, tentei compreender as declarações do Papa, e acho que consegui justificá-las, mas surgiu outro problema, é o Papa quem as diz! O que há mais perigoso para a Fé, é o Papa opinar sobre casos particulares, devido à sua complexidade e subjectividade, que trazem confusão à verdadeira doutrina, no qual ele é o principal guardião. O Diabo, é um ser muito inteligente, e o que ele mais faz, é colocar pedras de tropeço. Ora a Igreja como guardiã da Fé, da Verdade que une todos os homens do mundo, legisla sempre nas questões da doutrina, moral, fé, em harmonia com a Verdade da natureza humana e do mundo, cuja universalidade não deixa ninguém de fora. No entanto, no nosso mundo imperfeito, existem casos particulares, que aparentemente tornem a Verdade, demasiado dura. Por exemplo no caso do aborto, os servos do demónios, fazem por embaraçar a pretensa Verdade das leis da Igreja, com casos esdrúxulos, como por exemplo, quando uma criança é violada e fica grávida, como aconteceu à pouco tempo, no Brasil. É óbvio que não há nada que justifique um assassínio, por mais que seja de lamentar os casos de violação. Aqui com os preservativos é a mesma coisa, não há justificação para o seu uso em relações heterossexuais, e mesmo assim, só aparentemente é que parecem ajudar, mas no fundo tornam as pessoas mais promiscuas. Já nas relações homossexuais, como disse na postagem anterior é indiferente o uso do preservativo, por isso acabo por concordar com o Papa neste caso particular. O problema é que o Papa não pode opinar sobre casos particulares, o Papa como detentor das Chaves de Pedro, deve olhar para o Céu e não para a Terra, um dos principais problemas hoje da Igreja, é o não exercício do seu poder de magistério infalível.. e isso deve-se também à ditadura do relativismo que o Papa tanto ataca. Por isso o Papa deve-se abster de análise de casos miseráveis do nosso mundo, mas que existem, porque quanto mais particular é um caso, mais subjectivo torna-se o seu julgamento e mais prudente é deixar para a justiça Divina. Hoje assiste-se a um fenómeno curioso no mundo que é a emancipação de particularismos contra aquilo que é universal e por isso racional, e nas leis é a mesma coisa, reconhece-se hoje a homossexualidade, contra a universalidade da heterossexualidade, reconhece-se hoje um terceiro sexo que não se sabe bem o que é, contra a universalidade do sexo masculino e feminino, reconhece-se valores de minorias contra os valores da maioria, ainda por mais bizarros que sejam, mas lutam contra uma cultura, cuja razão tem pouco a dizer.. O Papa deve ser prudente, não pode tropeçar, nem pode deixar que a Igreja tropece, deve fixar o mundo com os olhos de Deus, que contemplou a sua obra, e viu que tudo era Bom, e legislar consoante a lei de Deus e da Criação, com toda a autoridade que Deus lhe deu, nos locais próprios e com todos os símbolos inerentes ao seu Poder!

Nota: A minha tentativa de defesa do Papa na postagem anterior tem falhas, e isso deve-se, pela particularidade e subjectividade do caso. Ou seja, no caso do infractor, ter sida e não conseguir evitar o pecado homossexual, o uso de preservativo como um acto de protecção dele e do parceiro por incrível que pareça é bom, porque como já disse a malignidade do preservativo neste caso não se põe, ainda que o acto homossexual seja intrinsecamente mau, mas se o homossexual usa o preservativo como um instrumento de seguro para uma maior promiscuidade, é óbvio que é mau e agrava o pecado, porque o deixa mais preso a este! Por isso lamento ter sido o Papa o primeiro a opinar sobre este caso particular, quando ele têm é que fortalecer as leis Universais e Verdadeiras da Igreja.

O pecado do preservativo

Pelas almas do Purgatório. Amén

As polémicas palavras do Papa Bento XVI, sobre o uso do preservativo em casos excepcionais por parte de prostitutos, levantaram um clamor de indignação por parte das pessoas tradicionais, no qual também me defino, no entanto, acho que o exemplo dos homossexuais dado pelo Papa, foi um bom exemplo, porque as relações homossexuais por si só já estão fechadas à vida, o que as torna indiferentes ao uso de preservativos, porque a principal causa para a condenação de contraceptivos, é por estes negarem o potencial dom da vida. Mas numa relação homossexual, não existe esse dom de vida, por isso o uso do preservativo não vai agravar o dito pecado, porque nesse aspecto não faz diferença!
Então porque os homossexuais usam preservativos? Os homossexuais usam preservativos, para se protegerem de doenças sexualmente transmissíveis, aquilo que o Papa chama: "a consciência de que nem tudo é permitido", e será isso um pequeno passo, para terem consciência que o acto homossexual é intrinsecamente mau? A resposta parece-me que sim.. no entanto quem está no terreno, e lida com essas pessoas, é quem conhece melhor a realidade, e infelizmente os seres humanos são criaturas fracas, e 'as tais circunstâncias que atenuam o pecado' não ilibam o acto de ser mau, neste caso as relações homossexuais. E estas por serem tão baixas ao negarem a vida, acabam por ilibar o preservativo e torná-lo um instrumento de consciência e protecção, isto porque o preservativo serve para duas coisas, tem duas potências, uma boa e outra má, no qual a má (negação da vida) anula a boa (protecção contra as doenças) devido à sua gravidade.

O que seria impensável numa relação heterossexual, o acto homossexual acaba por tornar indiferente tal é a sua decadência, assim o acto mau do preservativo acaba por ser anulado, e o acto bom vê-se como um primeiro passo, de milhões que têm que ser dados, para uma restituição da dignidade humana.. Infelizmente estas particularidades, não existiriam num mundo perfeito governado por leis universais, e por isso estas concessões parecem à primeira vista uma primeira brecha no muro da doutrina Católica, no entanto nós Católicos temos que baixar-nos muito para não sermos frios na caridade. As portas do Inferno não prevalecerão!

É a opinião de um simples leigo. Ainda assim queria lamentar o espectáculo de perseguição que mais uma vez o mundo católico é confrontado, o espectáculo dos media que só metem o que querem, e o espectáculo do demónio que é quem mais se diverte junto com os amigos...


As respostas de Bento XVI

Em África, Vossa Santidade afirmou que a doutrina tradicional da Igreja tinha revelado ser o caminho mais seguro para conter a propagação da SIDA/AIDS. Os críticos, provenientes também da Igreja, dizem, pelo contrário, que é uma loucura proibir a utilização de preservativos a uma população ameaçada pela SIDA/AIDS.


«Em termos jornalísticos, a viagem a África foi totalmente ofuscada por uma única frase. Perguntaram-me porque é que, no domínio da SIDA/AIDS, a Igreja Católica assume uma posição irrealista e sem efeito – uma pergunta que considerei realmente provocatória, porque ela faz mais do que todos os outros. E mantenho o que disse. Faz mais porque é a única instituição que está muito próxima e muito concretamente junto das pessoas, agindo preventivamente, educando, ajudando, aconselhando, acompanhando. Faz mais porque trata como mais ninguém tantos doentes com sida e, em especial, crianças doentes com sida. Pude visitar uma dessas unidades hospitalares e falar com os doentes.

Essa foi a verdadeira resposta: a Igreja faz mais do que os outros porque não se limita a falar da tribuna que é o jornal, mas ajuda as irmãs e os irmãos no terreno. Não tinha, nesse contexto, dado a minha opinião em geral quanto à questão dos preservativos, mas apenas dito – e foi isso que provocou um grande escândalo – que não se pode resolver o problema com a distribuição de preservativos. É preciso fazer muito mais. Temos de estar próximos das pessoas, orientá-las, ajudá-las; e isso quer antes, quer depois de uma doença.

Efectivamente, acontece que, onde quer que alguém queira obter preservativos, eles existem. Só que isso, por si só, não resolve o assunto. Tem de se fazer mais. Desenvolveu-se entretanto, precisamente no domínio secular, a chamada teoria ABC, que defende “Abstinence – Be faithful – Condom” (“Abstinência – Fidelidade – Preservativo”), sendo que o preservativo só deve ser entendido como uma alternativa quando os outros dois não resultam. Ou seja, a mera fixação no preservativo significa uma banalização da sexualidade, e é precisamente esse o motivo perigoso pelo qual tantas pessoas já não encontram na sexualidade a expressão do seu amor, mas antes e apenas uma espécie de droga que administram a si próprias. É por isso que o combate contra a banalização da sexualidade também faz parte da luta para que ela seja valorizada positivamente e o seu efeito positivo se possa desenvolver no todo do ser pessoa.

Pode haver casos pontuais, justificados, como por exemplo a utilização do preservativo por um prostituto, em que a utilização do preservativo possa ser um primeiro passo para a moralização, uma primeira parcela de responsabilidade para voltar a desenvolver a consciência de que nem tudo é permitido e que não se pode fazer tudo o que se quer. Não é, contudo, a forma apropriada para controlar o mal causado pela infecção por VIH/HIV. Essa tem, realmente, de residir na humanização da sexualidade.»

Quer isso dizer que, em princípio, a Igreja Católica não é contra a utilização de preservativos?

«É evidente que ela não a considera uma solução verdadeira e moral. Num ou noutro caso, embora seja utilizado para diminuir o risco de contágio, o preservativo pode ser um primeiro passo na direcção de uma sexualidade vivida de outro modo, mais humana.»

In Bento XVI, Luz do Mundo – O Papa, a Igreja e os Sinais dos Tempos – Uma conversa com Peter Seewald, Lucerna, 2010

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Tempos de crise e decadência II

Em acção de graças pelo reinado do Papa Bento XVI, Amén.

A ditadura do relativismo domina todas as instituições, estruturas, ideias, o ser do Ocidente, este estado mental, permanece devido à ausência da novidade, nesta história já tão velha.. Não há coisas novas para acreditar, só temos aquilo que permanece... Mas o Homem, busca sempre o que é novo, para descartá-lo logo a seguir por ser velho, de facto só o infinito, o absoluto, saciará plenamente o Homem. Por isso só as obras intemporais, só as ideias intemporais, as instituições intemporais, é que merecem o louvor dos homens e das sociedades, e é nestes tempos de velhice e decadência, que as coisas intemporais presentes na história até aos nosso dias, é que começam a ganhar importância e a reluzir mais, por conseguirem vencer a lei do tempo provando o seu valor e universalidade. É neste contexto, que a Igreja Católica tem de retirar do seu baú os seus imemoriais tesouros, porque as almas hoje têm sede do que é intemporal, querem se tornar outra vez fortalezas e não ondas agitadas. Nestes tempos sem crescimento, sem nada de novo, o que permanece brilha mais, tal como as estrelas que brilham no céu, quantos mais afastados estamos das luzes do mundo, e hoje o mundo ocidental tem poucas luzes.

Bom, aquilo a que quero chegar, é como chegámos aqui? Nós Católicos cremos que a Igreja Católica como sacrário de Cristo, como mãe que prepara-se para dar à luz, com Mãe da Luz, que tem como missão dar muitos filhos a Deus, será que deixou de iluminar e ficou estéril? É impossível, no entanto hoje, quando o mundo tem fome de Deus, a acção da Igreja é escassa em frutos, a conversão é lenta, a renovação dos espíritos é lenta.. A conclusão é óbvia, a Igreja deixou-se contaminar pela esterilidade do mundo, e hoje tanto a cidade temporal, como a cidade espiritual, padecem da mesma doença, que é o tempo, na primeira é natural, na segunda não, pois Cristo a cabeça da Igreja está fora do tempo junto com a Igreja Triunfante. Por isso mesmo a Igreja Militante sofre de um paradoxo, que é uma doença para qual tem a cura, Jesus Cristo a Verdade que transcende o Tempo, por isso só tem que prestar o verdadeiro culto que recebeu de Cristo pela sucessão apostólica. Será que é difícil?

O próprio relativismo e modernismo já são velhos, parafraseando um génio literário português ainda que herege na doutrina, Fernando Pessoa define o homem pelo seu heterónimo Ricardo Reis, como "sepulcros adiados que procriam", mais relativismo que isto não há! E já morreu há mais de 70 anos, por isso para nós Católicos, ficámos aflitos quando a Igreja tarda em iluminar um mundo tão velho... resta-nos orar e esperar, para que a Igreja volte outra vez a sua cara para Deus e não para os homens!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

A liberdade..

O que faz o homem livre? Antes de mais nós somos seres cuja a vida nos foi dada, e por isso todos os seres humanos têm um Pai e uma Mãe, mesmo as crianças que têm no papel dois pais ou duas mães.. e à medida que vamos amadurecer na vida tanto fisicamente e mentalmente, deparámos com as nossas fraquezas, com as nossas virtudes, no fundo conhecemos-nos como somos e vemos claramente os nossos limites, pelo menos falo por mim, não sei como os grandes homens se vêm .. mas sei que acabam como nós, no pó da terra.. Conhecendo então um pouco do mundo, um pouco daquilo que somos, construímos um projecto de vida que é confrontado com duas escolhas essenciais, no qual se resume a nossa liberdade, a imposição da nossa verdade e da nossa vontade, ou anuir e aceitar um mundo externo a nós, com a sua natureza e verdade. A escolha adequada, é o meio, já Aristóteles dizia que a virtude está no meio.
Assim quando Deus criou o homem, deu 3 ordens a Adão, e uma delas, é para que este domine o mundo, não um domínio contrário a este, mas um domínio natural, pois o Homem faz parte deste, e por isso não faz sentido combatê-lo quando é o mundo que nos sustenta. É caso para fazer a pergunta, nós somos livres para obedecer? A questão essencial tem haver com a finalidade da nossa liberdade, toda a gente age em vista a um bem, e infelizmente há homens com as devidas virtudes, que as usam para se fazerem deuses, para infortúnio do nós todos, e são poucos os que permanecem livres, quando lhes são concedidos essas virtudes. A liberdade, só existe quando permanece na verdade, no entanto, quando o homem progride nos bens, são poucos os que não caem, são poucos os que permanecem livres, são muitos que tornam-se tirânicos de si próprios, são poucos os que permanecem fiéis à verdade que abarca o mundo, e por isso os seus frutos são abundantes. Na história há esse movimento, semelhante ao que acontece na nossa vida. Entre a liberdade do homem e a liberdade de Deus, entre a verdade do homem, e a verdade do mundo.. podemos ver um pouco dessa evolução em dois dos maiores doutores da Igreja. Santo Agostinho, e Santo Tomás de Aquino, e sinteticamente o primeiro define a relação entre a graça de Deus (a acção de Deus) e a natureza do Homem (acção do homem), com esta primeira a completar o que falta à segunda, o que até se compreende no seu tempo pois viveu o Outono do Império Romano, no qual a acção do homem pouco conseguiu contrariar, e por isso foi uma fatalidade, a morte de uma era. Já Santo Tomás de Aquino, viveu na aurora do que hoje chamámos o mundo Ocidental, e por isso, faz uma síntese que reclama mais força para o homem, definindo uma equilibrada relação entre a graça de Deus, e a natureza do homem, na qual a primeira aperfeiçoa a segunda, mas não a substitui, como Santo Agostinho diz. É claro que na época Moderna, a acção de Deus no mundo foi sendo cada vez mais reduzida, devido a uma crescente arrogância do homem na sua capacidade de construir um mundo melhor, e ainda hoje há muitos resquícios disso. Ainda assim, actualmente parece que vivemos um outro Outono de uma era, e por isso, uma certa fatalidade e incapacidade humana abate-se sobre nós. Foi com os olhos de crianças que a Cristandade no século XIII olhou o mundo, e por isso a síntese Santo Tomás de Aquino é a mais clara e verdadeira. Na vida humana, a noção da nossa capacidade de agir, evoluiu seguindo normalmente os mesmo parâmetros, e como já disse acima, são poucos os que permanecem fiéis à Verdade. Como dizia a Santa Teresa d'Ávila a humildade é permanecer na Verdade, e por isso devemos construir o nosso projecto de vida, tendo em mente o projecto de Deus de Santidade, ou seja, tudo o que fazemos devemos fazer com perfeição. O projecto de Deus não oprime, mas transborda de plenitude de vida.


Nós somos livres para obedecer?
A resposta é não, somos livres para ser felizes.

sábado, 6 de novembro de 2010

Espanha

O Papa começou a 2º visita a Espanha, do seu pontificado, já com uma 3º prevista para o ano, o que mostra a determinação do Papa em cumprir um dos eixos do seu pontificado que é a nova evangelização da Europa. Espanha como o Papa afirmou, é actualmente, onde o laicismo e o secularismo mais radical, tiveram mais vitórias nos últimos anos, e por isso o confronto entre a Fé e o secularismo está mais vivo. O papa apelou ao reencontro entre a Fé e a laicidade, e não ao seu confronto, o que considero difícil, pois o laicismo tem como fundamento a descrença em Deus e da Religião, e a luta entre o ateísmo e a Religião torna-se de facto permanente, buscando as duas a supremacia, no qual o laicismo transforma-se no estado intermediário de moderação e indiferença.
A prova disso, é o que acontece em Espanha, cuja a maioria do povo Católica, a história Católica, os heróis Católicos, não justificam que o Estado seja Católico, infelizmente com a bênção da Igreja, no entanto a minoria secular e laicista arroga-se de implantar valores contrários à nação espanhola.. Resta perguntar o que fariam se fossem a maioria?
Mas é com prazer, que vejo o Papa ir a Santiago, o mato Mouros, expressão pouco ecuménica mas que inspirou no passado a gloriosa luta entre os Cristãos e os Mouros que deu origem à actual Espanha. Santiago Compostela na Idade Média era junto com Roma e Jerusalém, os três únicos locais na cristandade com as Indulgências das chamadas peregrinações maiores, e por isso eram os maiores locais de peregrinação da Cristandade. É neste contexto que no século XI e XII, muitos Francos chegam à península, instalam-se e participam na reconquista. Os territórios por onde os peregrinos passavam, especificamente no norte de Espanha, também desenvolvem-se rapidamente devido a esta afluência de peregrinos. A importância de Santiago, como local central num contexto Europeu, foi fulcral para o sucesso da reconquista, ao atrair gentes cristãs de toda a Europa, cujas força inerentes, desde económica, social, militar, permitiram o avanço das forças cristãs para o sul da península, Santiago inspirou e foi fulcral para o nascimento de Espanha, serviu de nome para a ordem militar de Santiago, fulcral em toda a península, cujo os cavaleiros tinham como patrono e defensor este mesmo Santo. É neste contexto que Portugal também é criado, como uma zona tampão pensada por S. Bernardo, como reino ideal Cristão. Assim Santiago, foi apenas um dos primeiros capítulos da grande história Católica de Espanha, cujo o principal capítulo tenha sido provavelmente a influência do Clero e Reis de Espanha na convocação e finalização do concílio do Trento no século XVI, dando inicio à contra reforma, que daria muitas mais almas ao Catolicismo do que aquelas que a Igreja tinha perdido na Europa, através da evangelização do novo mundo e do oriente, que tiveram como figuras centrais, os Jesuítas, a maior ordem da Igreja Católica fundada pelo espanhol Santo Inácio nesse mesmo século, que está cheia de grandes personagens como o seu amigo espanhol São Francisco de Xavier o maior evangelizador a seguir a S. Paulo.

domingo, 31 de outubro de 2010

Eleições Brasileiras

A previsível vitória da Dilma, confirmada esta noite depois de ocorrida a contagem de votos, após uma honrosa campanha por parte dos Católicos e Evangélicos leigos contra posições mais polémicas como o aborto, que arrastou as eleições para uma 2º volta, e empolgou as elites religiosas a combater o bom combate dentro dos limites humanos, só os podem deixar satisfeitos e com consciência tranquila, pois os seus esforços certamente não serão infrutíferos, pois mandaram uma forte mensagem à elite política, que certamente será correspondida com uma maior prudência em legislar nestas matérias.. A vitória da Dilma, não é uma derrota dos valores da religião, nem a vitória do Serra seria uma vitória destes, de facto seria um prémio pequenino a vitória do Serra, para tamanha Fé e virtudes do povo Brasileiro, no combate que dedicaram nesta campanha. O reino de Deus não é deste mundo, mas a vitória de Dilma certamente aumentará a vigilância dos católicos brasileiros e a sua diligência na construção deste, ao contrário, a eleição do Serra que é também réu, pois foi ele que legislou a actual lei do aborto do Brasil, poderia afrouxar o bom combate, quando o perigo é igual. Por isso queria renovar outra vez os meus parabéns, pois conseguiram impor na agenda politica, aquilo que os opinadores políticos, dizem ser questões artificiais.. que certamente o são para eles.. perguntam eles, qual é o poder que um feto tem? Não pagam imposto nem podem votar, mas são seres humanos nos primeiros tempos de vida, cuja a defesa Destes, mostra a importância dos valores na sociedade Brasileira, e uma sociedade é forte quando não trai os seus próprios valores históricos e fundacionais.. Olhai para a Europa que está decadente, que já há anos que não cresce, e hoje só se preocupa em cortar despesas porque não tem dinheiro, é o que leva a ter um visão estritamente economicista e utilitária, introduzindo a economia em todas as áreas da vida, já não há virtudes e obras de valor, apenas de necessidade.. A Europa já só tem de valor a sua história e cultura, ou seja o seu passado, e um presente sem caminho há vista, porque o relativismo não vê nada..
Foi a Dilma que ganhou, mais virtude será preciso nos Católicos, Deus pelas mãos de Nossa Senhora corresponderá com esta!

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Em memória de todas as vítimas do século XX..

A indescribilidade horrorosa dos crimes perpetuados no século XX, justificados pela loucas ideologias fabricadas pela razão humana que se fecha a Deus, que o seguinte vídeo descreve, revela-nos de facto o homem totalitário, e o inferno que produz. Nenhum crime pode ser justificado, nenhum holocausto pode ser esquecido. São os homem do século XX e não outros, é o socialismo que leva avante os crimes, são os impérios demoníacos que sobem à terra, e ainda hoje, a história da União Soviética é encoberta, pois os seus crimes são uma urgência socialista, e um dever para o império infernal do homem. São infelizmente milhões as vítimas do século XX censuradas pela história, e perpetuadas pelas sempre loucas ideologias dos homens, e hoje são outras tantas vítimas esquecidas e mortas nos úteros das mães ou já no leito da morte, que são perpetuadas e justificadas sempre pela mesma semente que brota do espírito totalitário do homem, que possam ser, senão hoje, num futuro breve, relembradas para podermos reparar e diminuir um pouca da injustiça neste 'vale de lágrimas'. Devemos por todos os meios combater, o marxismo existente na nossa sociedade cuja face actual, já não revela-se na luta entre proletariado e os capitalistas, nem entre as raças puras e impuras, mas entre os que vivem e os que são peso para a sociedade e para o mundo! Resta-nos a Fé que no Juízo Final será reparada toda a injustiça. Ámen

Desafio a todos os comunistas ou defensores da União Soviética a verem este Filme!



Deixo aqui alguns trechos do discurso do Papa Bento XVI aos Bispos Brasileiros da regional nordeste V, muito adequado para orientar a consciência política de qualquer Católico, em qualquer parte do mundo:

Entretanto, o dever imediato de trabalhar por uma ordem social justa é próprio dos fiéis leigos, que, como cidadãos livres e responsáveis, se empenham em contribuir para a recta configuração da vida social, no respeito da sua legítima autonomia e da ordem moral natural (cf. Deus caritas est, 29). O vosso dever como Bispos junto com o vosso clero é mediato, enquanto vos compete contribuir para a purificação da razão e o despertar das forças morais necessárias para a construção de uma sociedade justa e fraterna. Quando, porém, os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas o exigirem, os pastores têm o grave dever de emitir um juízo moral, mesmo em matérias políticas (cf. GS, 76).

Ao formular esses juízos, os pastores devem levar em conta o valor absoluto daqueles preceitos morais negativos que declaram moralmente inaceitável a escolha de uma determinada acção intrinsecamente incompatível com a dignidade da pessoa; tal escolha não pode ser resgatada pela bondade de qualquer fim, intenção, consequência ou circunstância. Portanto, seria totalmente falsa e ilusória qualquer defesa dos direitos humanos políticos, económicos e sociais que não compreendesse a enérgica defesa do direito à vida desde a concepção até à morte natural (cf. Christifideles laici, 38). Além disso no quadro do empenho pelos mais fracos e os mais indefesos, quem é mais inerme que um nascituro ou um doente em estado vegetativo ou terminal? Quando os projectos políticos contemplam, aberta ou veladamente, a descriminalização do aborto ou da eutanásia, o ideal democrático – que só é verdadeiramente tal quando reconhece e tutela a dignidade de toda a pessoa humana – é atraiçoado nas suas bases (cf. Evangelium vitae, 74). Portanto, caros Irmãos no episcopado, ao defender a vida «não devemos temer a oposição e a impopularidade, recusando qualquer compromisso e ambiguidade que nos conformem com a mentalidade deste mundo» (ibidem, 82).

Neste ponto, política e fé se tocam. A fé tem, sem dúvida, a sua natureza específica de encontro com o Deus vivo que abre novos horizontes muito para além do âmbito próprio da razão. «Com efeito, sem a correcção oferecida pela religião até a razão pode tornar-se vítima de ambiguidades, como acontece quando ela é manipulada pela ideologia, ou então aplicada de uma maneira parcial, sem ter em consideração plenamente a dignidade da pessoa humana» (Viagem Apostólica ao Reino Unido, Encontro com as autoridades civis, 17-IX-2010).

sábado, 23 de outubro de 2010

Tempos de crise e decadência

O Público noticia hoje, que o governo "revoga os benefícios às instituições religiosas mas não os tira à Igreja Católica" despoletando desde já os gritos dos agnósticos e ateus, gritando o dogma da laicidade do Estado e por isso o tratamento igual que todas as religiões têm direito por parte do estado. Eu não sei, se o objectivo do governo é para ser pressionado para depois retirar os benefícios à Igreja Católica, ficando com as mãos limpas. Mas esta descriminação religiosa segundo o direito laico, mesmo se considerámos que a larga maioria da sociedade é Católica donde provêm a larga maioria dos impostos que sustenta o Estado, não é desprovida de sentido, e sim sustentada no peso da Igreja (instituição) em Portugal.
A Igreja Católica tem a maior rede de apoio social em Portugal, e é que melhor conhece o tecido social, por isso melhor presta serviço, foi assim durante toda a sua história, basta ver o exemplo das paróquias que foram as primeiras jurisdições comunitárias a existir no nosso país e abarca-lo todo, indo sempre o estado atrás da Igreja, e ainda hoje acontece isso, as paróquias são muitos mais sensíveis às mutações das comunidades flexibilizando-se mais rápidas, do que qualquer dia as freguesias possam vir a sonhar. Não existe verdadeiramente uma descriminação das outras religiões em relação à Igreja Católica, porque aqui não se trata de assuntos de matéria religiosa, mas sim de matéria social, no qual a Igreja está à frente de qualquer instituição laica ou religiosa, a séculos de distância.
Por isso os inimigos da Igreja não podem ser fanáticos ao ponto de esquecer a realidade social e o peso da Igreja nessa, apenas por ser uma religião com esse peso, porque se fosse uma instituição laica não havia problema nenhum com esta descriminação. Aliás descriminação é uma palavra com costas largas, porque raio a fundação Saramago recebe subsídios do Estado, e tantas mais, e outras não?? Será que o peso do Saramago socialmente é relevante para Portugal? e culturalmente?? um prémio Nobel materialmente é prestigiante para Portugal, no entanto os livros estão cheios de mentira ideológica e de ódio. Mas os Portugueses graças a Deus chutaram o comunismo para fora de Portugal, por isso qualquer comparação com a Igreja Católica é um mero exercício teórico, a única diferença é que esta última é uma religião, logo há descriminação em relação às outras, vá-se saber porquê?..
A Igreja Católica também não precisa desses subsídios para nada, quem precisa são as pessoas carentes, no qual o estado não consegue ajudar justamente sem ajuda de terceiros que dedicam-se com altruísmo nessa área. Façam outra vez essa experiência fanática contra a religião, perseguindo a acção da Igreja na sociedade e terão uma crise social mil vezes pior do que esta. Já assim foi no passado quando por fanatismo, perseguiram a Igreja no ensino provocando um atraso histórico no alfabetismo português, como o historiador Rui Ramos sintetiza nesta resposta a uma entrevista à pouco tempo ao público:

Porquê? Porque nos países protestantes se aprendia a ler, para ler a Bíblia e isso não sucedia nos países católicos?

Essa explicação não chega, porque os muçulmanos lêem o Corão e não é por isso que se tornam mais letrados. Há é uma outra explicação, que nunca é referida: nenhum desses países que conseguiram uma alfabetização de massas durante o século XIX o fez contra a Igreja; foi sempre em articulação com ela. Ora em Portugal, primeiro com os liberais, a partir de 1820, e depois com os republicanos, o Estado não só tentou alfabetizar a população contra a Igreja, como entendia que a alfabetização era um veículo para substituir a educação religiosa por uma educação cívica formatada em Lisboa. As ordens religiosas, que em muitos países foram fundamentais para criar uma rede de escolas, em Portugal não podiam sequer ensinar a ler durante a Monarquia constitucional. Ou seja, tínhamos na Igreja uma instituição que podia ter sido fundamental para a alfabetização da população e preferimos chamar tudo para a alçada do Estado, que não tinha recursos e, portanto, falhou.

Foi por um excesso de Iluminismo que se produziu o obscurantismo

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Papa Bento XVI: Venerado Arcebispo Lefebvre

Este excelente texto traduzido pelo Fratres in Unum, mostra-nos de facto a completa rebeldia por parte dos bispos da Igreja que infligem ao soberano Pontífice. Já sabemos que o Papa gosta governar a Igreja pelo exemplo e por isso não gosta de impor, mas cabe perguntar se os bispos acatariam qualquer coisa que não gostassem vinda do Papa? A resposta infelizmente parece ser negativa, como mostra Dom Fellay, pois o Papa vê-se obrigado a ter dois modos de agir no que se refere à FSSPX, uma política pública forçada pelos lobos, e uma privada confinada às suas intenções, que são sempre combatidas pelos colégios dos bispos como se tivessem alguma autoridade sobre o Papa, por serem a maioria. Esta desobediência torna-se clara na Igreja, quando um Cardeal Americano diz:

Bento XVI aprendeu pela experiência que perderá a pouca influência que tem sobre os bispos de quase todo o mundo, unidos em sua desobediência colegial e pouco caso para com sua autoridade se for muito longe em fazer a coisa certa.

Por isso não é de admirar a demora das conversações entre a FSSPX e o Vaticano, devido à polémica e ás fissuras que possam gerar na Igreja. O Papa podia excomungar todos os que não acatassem os seus decretos, mas isso também conduziria a uma posição de fraqueza perante o mundo, pois Esta entraria como que numa guerra civil, abrindo uma oportunidade para os inimigos da Igreja enfraquecerem-Na ainda mais. De facto o melhor timing para a Igreja implementar as reformas necessárias (segundo o pensamento dos homens), para conduzirem-na outra vez para o porto seguro da Eucaristia e de Maria, seria aquando o mundo entrasse também ele numa crise grave, impedindo que os inimigos exteriores da Igreja tivessem mais força, enquanto a Igreja purificava-se dos lobos interiores. Este momento parece estar para a breve tal é a decadência do Ocidente. Mas enquanto isto a política do Vaticano é contraditória no que diz respeito à FSSPX, como Dom Fellay explica:

A política do Vaticano parece ser uma política contraditória que vacila entre “condenação e admiração”, observou. Ele pareceu estar convencido de que, no que diz respeito aos sentimentos pessoais de Bento XVI, admiração é a palavra para a FSSPX. Explicou que no primeiro encontro com o Papa Bento XVI, Sua Santidade duas vezes se referiu a Dom Lefebvre – primeiro, como o “venerado Arcebispo Lefebvre” e, mais tarde, como “Arcebispo Lefebvre, este grande homem da Igreja universal”.

A resposta que Sua Excelência nos levou a ver é que, por razões políticas, Bento XVI sente que, dada à situação da Igreja hoje e os “lobos” de dentro, não pode reconhecer a Fraternidade de jure. Ainda, uma vez que ele sabe que ela está “dentro da Igreja” e “dando bons frutos”, reconhecerá sua legitimidade de facto o tanto quanto for possível. Como observou o Padre Scott Gardner em sua conferência no início do dia, o erro da colegialidade tem impedido a correcção dos erros e abusos produzidos pelo Concílio. Padre Gardner contou que um importante Cardeal admitiu a ele que a colegialidade efectivamente tornou a Igreja “ingovernável”.

Os fiéis podem fazer .. uma coisa. Rezar por este Papa. Rezem para que ele tenha a fortaleza para não correr dos lobos como ele nos pediu para fazer em suas primeiras palavras como Papa. Ele já está sob ataque intenso por seu reconhecimento de facto da Fraternidade. Obviamente, ele precisa de mais orações do que nunca se o fizer de jure.

Parece que o Papa profetizou sobre o perigo dos lobos, quando pediu para que rezassem por ele, para que ele não fugisse com medo destes, no primeiro discurso como Papa. Será que ele será tentado a fugir de Roma como Pedro, para depois regressar para o seu martírio?
Os Bispos compreendendo a política do Papa que busca os interesses de Cristo, deveriam estar no pelotão da frente para implementar as medidas desejadas pelo Papa, como o retorno da Missa de Sempre, mas infelizmente estão atrás em desobediência, seguindo os interesses do príncipe deste mundo.


quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Presidenciais Portuguesas - Contra o Aborto!

Na campanha eleitoral Portuguesa que se aproxima, devemos apoiar aqueles que defendem a Vida, a Família e a Religião, como não sei se o partido Pró-vida já reuniu as 7500 assinaturas para que o candidato pró-vida possa apresentar-se a eleições, renovo aqui outra vez o apelo para ajudar a reunir as ditas 7500 assinaturas!

por Luís Botelho Ribeiro - blog: http://portugalprovida.blogspot.com

Podíamos dizer que não estamos a fazer mais do que dar cumprimento a um pedido deixado pela grande Senhora e Poetisa, Sophia de Melo Breyner. Certo dia, Sophia pediu: espalhem imagens dessas [mostrando rostos e restos mortais de bebés abortados] com a frase: “aqueles que ninguém quis amar”. Poder, podíamos. Mas é mais do que isso.

Sempre que, na história, o homem explorou, escravizou ou eliminou o seu irmão, preparou-se para o crime convencendo-se e procurando convencer os outros da não-humanidade da sua vítima. Também assim acontece hoje com os bebés ainda não nascidos. Impôs-se uma espécie de «censura prévia» o todo aquele que pretender levantar o véu e denunciar a maior injustiça do nosso tempo, a maior violência jamais praticada sobre um grupo humano sem voz própria.

Para não enfrentar o coro da indignação cúmplice com os interesses abortistas, os próprios movimentos pro Vida caem amiúde numa auto-amputação discursiva, renunciando ao argumento mais forte em sua posse: um argumento que vai direito ao sentimento inato da solidariedade humana residente nos corações ainda não empedernedidos, mas de carne.

Não podemos continuar a ocultar dos portugueses a luta desesperada pela sobrevivência, o grito silencioso de um bebé abortado nos Estados Unidos, registado por uma ecógrafo de ultrassons. Não podemos continuar a não mostrar os rostos humilhados de seres humanos sacrificados inapelavelmente pelo egoísmo totalitário vigente. Por isso, após profunda reflexão e conscientes da onda que contra nós se levantará, no tempo de antena a que, por lei, temos direito, o PPV vai mostrar tudo - mostrar o que é o aborto; mostrar o coração palpitante, o desespero e, finalmente, o rosto humilhado das suas vítimas - os bebés não nascidos.

Aos abortófilos indignados, mas que alegam tratar-se de "um monte de células" perguntaremos: que diferença faz mostrar estas "células mortas" e outras células manipuladas em laboratório e que a televisão frequentemente nos mostra? Se o que mostraremos não é humano, porque se revoltam? Se é humano, porque não havemos de o mostrar ao mundo, como amiúde nos mostram as vítimas dos campos de extermínio nazis - para que a história daquelas monstruosidades não se repita?

Há que mostrar estas imagens, finalmente, por duas grandes razões: primeiro, porque elas nos mostram a Verdade, a verdade mais inconveniente dos tempos que vivemos. E a segunda razão é esta: para que a Verdade nos liberte a todos do maior demónio do nosso tempo; para que os nossos corações de pedra se transformem em corações de carne e, pela via da Justiça, demos finalmente as mãos a toda a Humanidade.

Guimarães, 20 de Outubro de 2010

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De acordo com a agenda já oficialmente marcada e confirmada pela RTP, no dia 22 de Outubro, sexta-feira, pelas 19h55, será emitido pela RTP1 um excerto do filme "The silent scream" durante o tempo de antena do PPV. Na RDP - Antena1, a versão radiofónica do mesmo tempo de antena radiofónico irá para o ar pelas 13h55 do dia 25 de Outubro, 2ª feira.

Passe palavra e assista - ao vídeo e à onda contrária que se adivinha. Advertimos as pessoas mais susceptíveis para a parte mais chocante do vídeo, devidamente identificada por um círculo vermelho e antecedida por uma mensagem de advertência.




domingo, 17 de outubro de 2010

Boa Ciência e Má Ciência!

Segundo esta noticía, nos EUA será feito o 1º ensaio clínico com células estaminais embrionárias legal (Boa Presidente Obama!), posto em outras palavra, seres humanos serão cobaias num laboratório até ser descartáveis e depois mortos, à medida que contribuem para o conhecimento humano, e para o enriquecimento dos ditos laboratórios.

Dois comentários retirados da notícia acima, que em certa maneira traduzem o que penso em relação, a este tipo de ciência:

"Quando um bom cientista, que sabe muito, estuda muito, trabalha muito, tem alguma sorte, e faz uma descoberta importante, tem o seu momento de fama nos jornais. Quando um mau cientista, ansioso por fama nos jornais, mas sem categoria para isso, quer ser notícia, "corajosamente" quebra barreiras éticas, explorando caminhos que os cientistas honestos e competentes não trilham. Wilmuts, Thompson, Keirstead, Mengle, estão todos nessa categoria: não descobriram um caminho novo; apenas são pessoas sem princípios nem valores e que por isso aceitaram fazer o que os cientistas honestos e competentes sabiam ser possível, mas nunca quiseram fazer. Esses "cientistas" são ratos que vivem nos esgotos a comer o que lá há. E os jornais deveriam fazer-lhes o mesmo que fizeram ao assassino de John Lenon: ignorá-lo. A estas pessoas que têm uma ânsia patológica pela fama, e são capazes de tudo por ela, o desprezo é a única resposta. Não se percebe que o problema seja o perigo de causar cancro ao paciente, e se ignorem as dezenas de seres humanos que foram mortos para lhes arrancar as células estaminais que estão a ser usadas na experiência."

"Células estaminais adultas: mais de 70 tratamentos já em aplicação; multidões de pessoas tratadas; migalhas dadas à investigação; nenhum problema ético; muitas alegrias dadas a pessoas reais.Células estaminais embrionárias: zero tratamentos descobertos; zero pessoas tratadas; biliões gastos em investigação; problemas éticos horrendos; milhares de ilusões vendidas a parolos.Por tudo isto concordo: os "meandros da política" (e do jornalismo) são difíceis de perceber. Já agora: eu estou a desenvolver uma técnica de transplante da coluna vertebral. Se temos uma pessoa tetraplégica, pegamos numa pessoa boa, tiramos-lhe a coluna vertebral matando-a, e transplantamos para a outra. "Excitante" diria Wilmuts. Entusiasmada, ficaria a jornalista. Mas nas células estaminais embrionárias é isto que se passa(rá). Para prolongar a vida de uma pessoa alguns meses ou anos vai-se gerar dezenas, centenas e por vezes milhares de seres humanos "compatíveis", que depois serão mortos para lhe arrancar as células estaminais a colocar na pessoa doente. Mas doentes, doentes são os cientistas (e os jornalistas) que não estão a ver nada disto."

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Sida castigo de Deus?

Todas as pessoas sofrem, como eloquentemente o calvário indica. O Santo inocente, o pecador arrependido, e o pecador repelente. É do bom senso, que o mal nasce de comportamentos irracionais, que têm várias causas que julgo eu, a principal é a ignorância. Por isso quando o bispo aqui considera que a sida é uma justiça imanente, ou seja, consequência natural de comportamentos errados, não entendo o porquê de tanta polémica.

Existem pessoas com sida e sem culpa no que toca a esta questão em particular, o exemplo mais comum são as vítimas das infidelidades dos seus companheiros, entre tantos outros exemplos. No entanto todos estes casos, têm em comum um comportamento irracional ou vicioso como causa principal da disseminação da doença, que julgo eu, é isso que o Bispo ataca, ao chamar a sida de 'justiça', palavra que implicitamente julga o acto causador como mal. E tenho a certeza que todas as vítimas de sida inocentes, concordam com o Bispo, quando este culpa esses actos como intrinsecamente maus e causadores de ruína para o mundo e para essas pessoas em particular.

Muitas catástrofes foram explicadas ao longo da história como causas da Justiça divina, por exemplo Sodoma e Gomorra, a sida como epidemia moderna poderia ser também um castigo divino? No máximo, um castigo divino natural, pois a propagação da sida tem uma relação causa-efeito natural, estudada e relacionada a comportamentos mais liberais na área sexual, que provocam esta disseminação. Daí acho feliz a expressão utilizada pelo Bispo, de 'justiça imanente' à natureza, porque é realista, no entanto dura.

P.S. Graças a Deus não sofro de sida, mas concordo que para os que têm e são inocentes, talvez seja uma expressão ofensiva (todos temos cruzes que não são nossas). Mas essas pessoas são excepções que confirmam a regra, porque senão não se explicaria a proporção da epidemia.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Dilma Portuguesa

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

13 de Outubro

Depois do Papa ter enviado 33 terços benzidos, depois da fé publica demonstrada pelo Chile e pelos mineiros, no dia 13 de Outubro coincidência ou não, começaram a ser resgatados. Que nossa Senhora de Fátima os abençoe...

domingo, 10 de outubro de 2010

100 anos da queda da Monarquia

Comemorou-se no dia 5 os 100 anos da implantação da República em Portugal de inspiração maçónica, materializado ainda hoje nas cores da actual bandeira nacional "conforme refere Oliveira Marques, em Ensaios da Maçonaria, os Centros Republicanos eram sociedades paramaçónicas, ou seja, sociedades de princípios maçónicos, criadas por maçons. Assim, de acordo com o Dicionário de Maçonaria Portuguesa, segundo o mesmo autor, o vermelho era o "símbolo do fogo, do amor, da inteligência, do sangue, etc." e o verde o "símbolo da água da esperança, da imortalidade, da justiça e da esperança". Acrescente-se que o vermelho era a cor dominante do Rito Escocês Antigo e Aceite que, com o verde, surgem nas insígnias do 15º grau, do mesmo Rito. Mais, segundo o mesmo Dicionário, em Santarém, a Loja da Liberdade, criada em Santarém em [1905] era uma loja maçónica de Rito Francês, mas em 1908 adoptou o Rito Escocês Antigo e Aceite. Por isso, pensamos que essa bandeira pode ter a sua origem na Maçonaria."1 Sim os símbolos são muito importantes, mas apenas para aqueles que os conhecem, e como estes são de carácter muito subjectivo as interpretações são muitas, mas a inspiração histórica fica sempre como a genuína! No entanto hoje dificilmente alguém associa as cores aos ideais maçónicos a não ser é claro os maçons, ainda que a cor vermelha ainda hoje carrega muito a marca revolucionária, que é melhor definida na história da antiga União Soviética.. Hoje temos uma interpretação mais global do simbolismo das respectivas cores no qual duvido que haja alguém que não a aceite, cujo o vermelho representa os mártires e heróis da nação Portuguesa e o verde a esperança cuja inspiração remonta ao positivismo dos inícios do século XX, esperança que certamente não é a mesma, por exemplo entre os maçons e Católicos do passado e do presente. De facto as interpretações de hoje são diferentes das genuínas e por isso erradas, porque a origem dos símbolos permanece sempre como a verdadeira chave de interpretação, assim a nossa República estará sempre marcada pela vitória da ideologia maçónica enquanto Portugal carregar os símbolos da 1º República que anuncia no presente a vitória de há 100 anos, aos que hoje vivem e descendem tanto dos vitoriosos como dos derrotados ainda que possam ser Republicanos. Assim os símbolos da 1º República permanecem sempre como uma fonte de divisão, uma fonte de demarcação entre os vencedores e os derrotados, que mais cedo ou mais tarde podem despontar outra vez em fricções, quanto maior for a consciência do significado desses símbolos e da história que representam.
Os derrotados podem aceitar os símbolos dos vencedores, quando a sorte muda? Dúvido, mesmo que a interpretação tenha mudado ao longo do tempo, há sempre uma nova ideia a anunciar, que os símbolos passados não conseguem reproduzir.

No caso da Cruz, símbolo de ignomínia, vergonha, opressão, horror e desprezo no mundo antigo, utilizado pelo império romano para executar a escória da humanidade, proibido por isso mesmo, a crucificação de qualquer cidadão Romano, os Cristãos sempre o anunciaram "para escândalos" de uns "e loucura" de outros, isto porque Deus elevou a Cruz a símbolo de salvação, apesar da miséria e sofrimento que provoca e que simboliza aqui na terra.. Toda esta aversão e peso, que especialmente naquela época o símbolo da Cruz tinha, não foram suficientes contra o poder de Deus, assim os Cristãos anunciaram-na a todo o império e os Romanos acabaram por aceitá-lo como símbolo da nova Religião Oficial do Império, que para os Cristão (a Cruz) sempre significou Esperança e Salvação. Se o Império saiu derrotado e os Cristão saíram vencedores, estes últimos venceram não pela força das armas mas sim pela força do Amor de Deus. A Cruz Espiritual de Amor de Salvação, de Redenção venceu a Cruz temporal da dor, de sofrimento, de miséria. Os Romanos derrotados por Deus no sinal da Cruz aceitaram humildemente esta transcendência do símbolo da Cruz, pois até então utilizado por eles, para oprimir e esmagar, que define para todos os tempos, como símbolo do poder temporal, mas pelo poder Deus 'transmutou-se' no símbolo do poder Espiritual de Paz e Salvação! Apenas o povo Judeu e os povos Orientais é que demoram-se em converter e vergar a cruz temporal à Cruz Espiritual, os primeiros converter-se-ão no fim dos tempos segundo S. Paulo, os últimos julgo eu, é obra para nossos dias (Sou optimista). (Quanto às sociedades Ocidentais, estão a correr rumo à decadência que espero eu, curarão muitas feridas, como é o caso por exemplo dos símbolos acima descritos que representam as cruzes temporais)

Já desviado e muito do caminho inicial previsto, retomo ao assunto que me propus escrever e que é o motivo desta postagem. Não vou aqui discutir as intenções, simplesmente tentar explicar do meu ponto de vista, porque hoje e sempre, é melhor uma Monarquia do que uma Republica ainda que considere as duas legítimas dentro de certos limites. Existem vários tipos de Monarquias na história Ocidental, as Monarquias Católicas que nasceram em toda a Cristandade a atingiram o seu apogeu no séc XII e XIII, as Monarquias Absolutas que evoluem das anteriores e cujos primeiros traços vão aparecendo já no séc XIV e cujo apogeu é atingido no séc XVI e XVII, depois as Monarquias Liberais cujo Rei jura uma constituição. Hoje existem as chamadas Monarquias Democráticas cujo o Rei funciona mais como um símbolo da unidade, da história, da vontade da Nação, mas sem poder. Todas elas perduraram no seu tempo, o que indica, que em certa medida foram claras imagens da mentalidade da sua época, e por isso foram considerados bons regimes para as pessoas d'então. As Monarquias Católicas têm como Pai, Chefe e 1º senhor aqui na terra o Papa, representante do Senhor dos Exércitos, do Ceú e da Terra, Jesus Cristo. A instituição do Papado, como representante e chefe de toda a Cristandade (Europa Ocidental) é de facto um avanço civilizacional até hoje nunca conseguido, mas hoje tentado na sua forma laica na forma da União Europeia..2 Não era senhor pelas armas, mas sim pelo direito de Deus, que todos os Reis criam, e por isso foi sempre um intermediário, uma autoridade moral,e principal juiz no direito internacional. Com o desenvolvimento das Monarquias Absolutas os Reis deixam de ser os primeiros senhores da Nação e passam a ser o próprio Estado, na ordem internacional o Papa foi perdendo prestígio, principalmente depois de a cátedra de Pedro ter emigrado para a Avinhão entre 1309 e 1377 depois da famosa esbofetada de Felipe IV o Belo ao Papa Bonifácio VIII em Anagni, durante esse êxodo, o Papado foi perdendo muita da autoridade internacional pois estava submetido ao Rei de França. Depois disto o Papa torna-se muitas vez até à contra-reforma, como mais um senhor temporal cujos interesses competiam com os outros Estados. Com as Monarquias Absolutas já não há também a submissão do poder temporal ao poder Espiritual, acontece o inverso nos países Católicos, cuja a hierarquia eclesial vê-se novamente invadida por pessoas seculares sem vocação, principalmente da esfera dos Reis, apenas interessadas nos rendimentos eclesiásticos. As Monarquias Liberais ou Constitucionais, conseguem separar o Rei e o Estado, sendo o primeiro uma figura institucional do último, no qual (o Rei) se submete à lei fundamental do Estado, nascendo as constituições. A evolução dos regimes e do direito como podemos ver, começou por uma visão sacra até à laicização, basicamente isto resume a história do poder da civilização Ocidental, que iniciou-se com um regime de relações pessoais e individuais numa hierarquia que ia do servo mais pequeno até ao Senhor Absoluto (Deus), passando por servos, lavradores, mercadores, artesãos, Barões, Nobres, Bispos, Reis, Papa, etc.. vocações, que como moedas têm diversas faces diferentes, mas partilham no verso uma face em comum, o dever de servir. Cuja antítese foi atingida no nosso tempo, no regime materialista e igualitarista comunista, anticristão por excelência pois totalitário tendo apenas dois estados - o alto e o baixo , duas moedas - as de liga de ouro e as de liga de lata, as elites diabólicas estatais e as massas loucas , que tem como face iguais o direito de serem servidos, e por isso os primeiros têm poder absoluto sobre as últimas.

As constituições actuais que materializam o direito laico, substituem e absorveram o espaço do direito divino acreditado por todos, ainda hoje (os Católicos ainda são a maioria) no espaço público. Antes de dizer porque prefiro a Monarquia em vez da Republica, queria dizer qual a Monarquia que defendo. Primeiro defendo um Estado Católico, porque o povo é Católico, mas também a tolerância em nome da Ordem Pública. O Rei como representante do Estado, deve submeter-se ao Papa no que diz respeito às questões de Fé e Moral, pois como vigário de Cristo guarda as chaves da revelação Divina, tal como as leis laicas justamente submetem-se às leis divinas que podemos apreender pelas leis naturais.
O Rei Católico crendo intimamente nesta constituição Divina materializada no direito Canónico, observaria também uma Lei fundamental ou constitucional que diz respeito às questões temporais e laicas sempre submetidas ao direito Divino. São duas espadas queridas por Deus para governo do mundo, e eficazes contra todos os totalitarismos, se devidamente ordenadas. E como é óbvio segundo a complexidade da administração do estado actual, é necessário um governo técnico encarregado de administra-lo, que democraticamente poderia muito bem ser escolhido dentro do quadro do direito laico e canónico e as suas relações. Estas ideias não diferem muito das Monarquias actuais democráticas, excepto no facto de que os Estados não são Católicos.
Como vimos, a evolução dos regimes Ocidentais, começou com a boa relação dos poderes temporais com o poder Espiritual reconhecendo a superioridade do poder espiritual do Papa, degenerou-se para o absolutismo régio, que teve como reacção, o crescente liberalismo da sociedade e a consequente limitação dos poderes régios ou mesmo a sua destruição em muitos países, no qual desembocamos na história actual, cujas Monarquias existentes estão limitadas em poder, naquilo que elas têm de único, a razão de não terem sido destruídas e é o seu seguro de saúde, e por si só justifica a minha escolha.
Discutir quais dos regimes Ocidentais actuais: Monarquia Democrática, República Presidencialista ou Parlamentar, é o melhor em termos puramente materiais, como a tentativa de mostrar pelo qual se governa melhor, é estéril e infundada. A questão essencial são os símbolos e as verdades que levantam, o que representam, as mentalidades que fortalecem, e historicamente o partido que tomam (como já disse acima, não vou discutir intenções).
A República glorifica mais, o desenvolvimento do direito temporal e do estado, destacando o governo do Homem. Enquanto a Monarquia mais o direito natural e a verdade natural, destacando o governo de Deus, sendo obviamente mais universal e por isso mais verdadeira.
A Republica é mais optimista em relação ao homem, mais positivista e por isso mais progressista, isto é evidenciado pela abertura universal da magistratura maior do Estado a todos os cidadãos em harmonia com a igualdade natural de todos os homens. Por outro lado, devido a mutabilidade inerente à natureza da República pois fundamenta-se em maiorias que estão sempre a mudar, acaba por sofrer legalmente da corrupção e liberalismo dos homens, que vão corroendo o Estado pelos interesses individuais, podendo mesmo transformar-se numa republica de um tirano se este conseguir-se apoderar da magistratura maior como aconteceu na Alemanha de Hitler apoiado por uma maioria. É claro que para prevenir isto de acontecer, podemos sempre acrescentar elementos monárquicos como uma constituição imutável, que não se possa mudar pelo direito, apenas pela revolução ou seja força. Se um estado e o povo forem Católicos, a revolução perde muito da sua força devido à mentalidade Católica.
O Regime Monárquico Católico, submetido e garante das duas espadas acima descritas, delegaria o poder executivo e legislativo segundo eleições democráticas, (quanto ao poder judicial é uma questão mais complexa, tendo em conta a importância da sua autonomia). Seria nestes termos muito sintetizados, que preferiria a monarquia devido à sua transcendência no que diz respeito às questões temporais, e por isso mesmo garante da continuidade da Nação e do Direito.
Monarquia é símbolo da Verdade, pois esta última, pela sua própria natureza não muda e transcende opiniões, é una e permanece imutável. Representa todos e não alguns, não se corrompe por poder, dinheiro ou outro tipo de vícios, pois está acima de qualquer disputa, é intocável. A existência do Rei só tem sentido para servir, e não para ser servido para glória individual, nasce Rei morre Rei, garante do bom funcionamento do Estado, cujo interesses são iguais ao dos cidadãos, glória de Nação, glória de Deus no estado Católico e diferente dos políticos que buscam a própria glória - faz parte da nossa natureza. Está acima de toda a partitocracia corrupta, que apenas busca os seus próprios interesses e não os da nação, imune a qualquer chantagem política, disciplina e fiscaliza os políticos para bem da Nação, condecora ou castiga, corrige ou elogia, sempre acima de qualquer interesse.
Ambas são bons governos, mas considero melhor a Monarquia, devido ao simbolismo que emana desta, que aponta sempre para a imutabilidade da Verdade3 e a sua Transcendência que materializa-se no patriotismo e na fé, à qual somos sempre chamados mesmo quando caímos, mesmo quando o País cai, erguemo-nos e o País ergue-se por saber que Ela permanece transcendente a todos os problemas temporais, e é nesses momentos que os Reis aparecem materializando esta Verdade Universal aos homens. A vocação do Homem transcende este mundo.





1-http://correiodoribatejo.com/index.php?option=com_content&view=article&id=226%3Asantarem-viu-desfraldar-a-bandeira-verde-e-rubra&Itemid=130

2- O império Romano foi construído pela força, e não pelo direito e vontade dos povos, ao contrário da Cristandade constituída por vários Estados, que tinham na Fé Cristã o primeiro direito.

3- Entenda-se por Verdade, não apenas a Verdade Universal, mas também a verdade particular do País, a verdade da sua história, a verdade da sua cultura, a verdade do seu crer, a verdade dos seu sentir, no fundo a Verdade Universal inesgotável e por isso conhecida e iluminada pela riqueza individual do sujeito Estado. Por exemplo os mitos nacionais que mostram ideias de sentir, de crer, que transformam-se em verdades, porque representam faces mentais da sua história. (Fenomenologia que em termos filósofos não é muito ortodoxa, mas os povos não são filósofos)

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Parabéns Brasil

Os Católicos e outros grupos de cristãos Brasileiros, pela intercessão de Nossa Senhora obtiveram da graça de Jesus Cristo, já uma estrondosa vitória nestas eleições ao levarem-nas para a 2º volta.. pois puseram na agenda eleitoral, as questões básicas para que em consciência um Católico possa votar, ou seja, as questões que dizem respeito à sacralidade da vida, e aos valores morais que a defendem! Parece pouco, para a complexidade da política nacional e internacional, mas é de suma importância, pois são estes valores básicos que definem um País, e a influência do evangelho no intelecto dos povos.
Se os Estados infelizmente já não são Católicos, é pela força dos valores da vida num determinado País que podemos ver a quantidade de pessoas que ainda podem beber da fonte da água da Vida, que cada vez torna-se num bem escasso, quando Deus é substituído pelo homem na liturgia..
O voto religioso foi o principal responsável pela 2º volta, ao ponto da Dilma dizer que defende a vida, segundo esta notícia, mas sabemos que não é a vida do feto. Os Brasileiros como Nação Católica deram-nos uma lição de Fé e Esperança, a nós, irmãos Portugueses, que nestes últimos anos vimos a agenda da morte avançar em 1º classe até ao nosso País, sem incómodos de maior, cujo Presidente Católico como o próprio justificou, preferiu o reino temporal e os seus interesses, aos valores fundamentais do reino de Deus que ele professa, sem saber, materializou a imagem cheia de fracturas, da alma católica actual.. coisa que os Brasileiros conseguiram impedir! Segundo o que leio, não foram as elites da CNBB, nem as da Canção Nova que contribuíram para vitória, muito pelo contrário, foram pedras de tropeço. O que é incrível, é que Cristo institui as autoridades Eclesiásticas para iluminar e não para escurecer (o Papa está sozinho), e as ordens com os respectivos dons e vocações, pudessem levar os consagrados a dedicarem-se aos negócios de Deus e não da Terra, coisa que a Canção Nova não fez. Se isto acontece para que servem? Como bom Católico só queria relembrar a todos os religiosos mesmo para os que não crêem, que o pior lugar do inferno está reservado para os Sacerdotes, que ao lado de Judas traem Cristo e a sua Igreja.

Já acabar então queria dar os parabéns a todos os Brasileiros leigos, iluminados não sei se por raros religiosos, ou por muito estudo e dedicação à Santa Igreja Católica, conseguindo consciencializar os Católicos e através desta rede mundial ainda pescar muitas almas!

O vídeo censurado pela Canção Nova - vale a pena ouvir a pregação:



Uma Avé Maria para que Cristo reine no Brasil e em Portugal. Avé Maria cheia de Graça..

Nota: Segundo o mundo a Dilma provavelmente vai ganhar, apesar de ainda ter esperanças que não! Mas a 1º volta foi uma batalha ganha, o que evidencia muitas virtudes e graças no mundo Católico Brasileiro, numa Guerra desde o início decidida pela vitória de Cristo.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

O triplo cânone da injúria

Já saiu na segunda, mas ainda vai a tempo :D

Por João César das Neves

Há dias a imprensa trazia o título: "Banco do Vaticano sob investigação de 'lavagem de dinheiro'." Quem entende a lógica da perseguição religiosa deve sorrir: começou a segunda fase.

Durante milénios as lutas contra a religião nasciam de razões religiosas. A fé é central na vida e, embora inaceitável, é humano lutar pelo que se acha importante. Isso persiste nos combates entre confissões, como na Índia e Sudão, ou em países que exterminam crenças diferentes da oficial, como Arábia Saudita ou Coreia do Norte. Na nossa sociedade livre, tolerante e secular isto é impossível, mas a perseguição religiosa permanece, revestida de formas mais subtis.

Inicialmente as forças anticlericais justificaram os seus assaltos com acusações de violência. O mito da Igreja sangrenta na Inquisição e Cruzadas foi dominante no século XIX. Mas é ridículo atacar pessoas pacíficas e serenas por histórias de séculos antigos. Não só os católicos actuais não pretendem tribunais ou invasões mas até os velhos casos invocados foram bastante mais complexos e ambíguos que a vulgarização maçónica quis fazer crer. Também as calúnias de a religião ser contra a ciência ou o progresso não pegam.

Afastadas essas desculpas, as arremetidas anticatólicas reduzem- -se ao triplo cânone da injúria, que já vem de Lutero: dinheiro, sexo e poder. É sempre disto que se acusam bispos, padres e fiéis. Omite-se Cristo e os santos, despreza-se a doutrina, ignora-se a vasta e diversa presença na comunidade, esquece-se a espantosa acção social. A atenção limita-se a um punhado de casos, dissecados à exaustão, sempre em questões financeiras, eróticas ou políticas.

A situação é irónica porque a Igreja sempre foi a principal promotora da virtude nesses campos. A "perfeição evangélica" - que todos os católicos devem respeitar, de forma conveniente ao seu estado, e os religiosos consagrados cumprem rigosamente - baseia-se nos votos de pobreza, castidade e obediência. Estes são valores cristãos centrais, que as sociedades pagã e secular sempre criticaram como vícios, cobiçando riquezas, praticando a lascívia, cultivando a rebeldia. Na injúria, o Diabo cita a Escritura sem cumprir.

Mas não serão graves e reais as acusações, como no caso dos padres pedófilos ou agora no Banco do Vaticano? Isso é algo para polícia e tribunais determinarem. Mas os factos concretos têm pouco que ver com a campanha mediática que os acompanha, e que não visa a justiça particular. Estas manobras jornalísticas são clássicas e tradicionais, como nos lembra o centenário da República. E repetem-se em ciclos.

As acusações de pedofilia, tema dos anos 1990 em meados do pontificado de João Paulo II, ressurgem agora sem razão aparente, sempre citando factos antigos onde a morte ou prescrição tornam já impossível fazer justiça. Ninguém nega o horror dos crimes reais e a necessidade de acudir às vítimas e punir os culpados. Mas porquê falar agora? Porquê assim? Porque desaparece tudo debaixo da obsessão pelo tema?

A verdadeira questão é o sucesso do pontificado de Bento XVI. Morto João Paulo II, esperava-se que o Papado caísse numa apatia que dispensaria ataques. Nos primeiros anos as notícias apenas tentavam ridicularizar a figura de Ratzinger. Mas ele começou a marcar pontos. Viagens difíceis - Turquia, EUA, Terra Santa -, encíclicas e livros profundos, decisões sábias e serenas traziam nervosismo aos inimigos. Sobretudo o Ano Sacerdotal exigia uma resposta, e ressurgiu a pedofilia.

O Papa visitou há dias a Grã-Bretanha, viagem cheia de significado histórico, manifestações espantosas, intervenções memoráveis. Os jornalistas devem ter-se sentido ridículos, omitindo tudo excepto as estafadas referências ao escândalo arcaico. Isso mostrou como o tema está a ficar esgotado. Era preciso passar à fase seguinte, e apareceu o caso do Banco, reposição de um enredo dos anos 1980. Se este não pegar, iremos ouvir críticas ao reconhecimento da Santa Sé pela ONU ou ao poder excessivo de cardeais. Começará a terceira fase do cânone da injúria.