segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Mensagem de Natal

Para que Cristo visita a minha alma, tal como visitou a gruta de Belém, Ámen!

Eu nestes últimos dias tenho tido pouco tempo para actualizar o blog por terem sido as ultimas semanas do semestre, e isso significa muitos trabalhos para entregar, no entanto a carga de trabalho só aparentemente acabou, porque o mês de Janeiro significa exames, e por isso muito tempo dedicado aos estudos e pouco para outras coisas, como é o caso de Blog!
Estou a escrever isto as 23 horas de Domingo dia 19 de Dezembro e a luz da minha casa acabou de ir abaixo, parece ser alguma coisas séria porque o quadro dá faísca sempre que tentámos ligá-lo, mas tive a sorte do portátil estar com a bateria inserida que o faz ser a única máquina eléctrica ligada em casa, excepto os telemóveis que me lembrei agora!
Voltando ao motivo da minha postagem, e ainda que tudo há minha volta permaneça escuro, queria simplesmente alumiar anunciando ou melhor relembrando que Cristo nasceu no próximo dia 25 de Dezembro e sendo Filho de Deus nasceu numa fria gruta fora de Belém, e por isso é dever de todos Católicos de prepararem um lugar confortável para que o menino Jesus possa nascer e repousar, devem ter pronto um lugar com amor, quente e aconchegado mas principalmente de silêncio para que possamos melhor acolher na nossa alma o sono do menino Jesus..

Talvez o Rei da Paz não se incomode com um pouco de dureza ou frio que os nosso corações possam ter, não foi ele que aceitou nascer numa gruta no Inverno? Ou como uma ovelha pôs ajeito a sua cabeça, sacrificada pelo bem do povo? Sim, o filho do Homem abandonou toda a sua glória para estar connosco, o Deus de Amor visitou o seu Povo e a sua presença aqueceu a noite fria de Belém e foi aquecendo todas as outras noites de Natal desde então no qual o frio invernal, mais aperta e a noite é mais morosa!

Como o tempo é curto, quando a luz voltar a minha casa postarei esta mensagem que agora escrevo, sem muitas delongas. Por isso há luz da vela quero desejar a todos que passarem nesta página um Feliz Natal e um próspero Ano Novo!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Imaculada Conceição - Padroeira de Portugal

Em acção de graças, ao Imaculado Coração de Maria, Ámen!

Autor - Carlos Nogueira

Sabe-se que foi com o Rei D. João IV, da Ilustre Casa de Bragança, que foi instituído o estatuto de real religiosidade,de ser considerada Nossa Senhora da Conceição, como Padroeira de Portugal. Frei João de S. Bernardo recordou no acto da coroação do Rei, que já D. João I construíra o Mosteiro da Batalha e D. Nuno Álvares Pereira erigira o Convento do Carmo e os Infantes D. Fernando e D. Beatriz fundaram em Beja , o Mosteiro da Conceição, com o voto sublime de invocação à Virgem Santíssima, Nª Sª da Conceição. E em Alenquer ?. Lembramos para já e por agora a Igreja de Nª Sª da Conceição em Pereiro de Palhacana. E mais à frente faremos alusão ao excelente trabalho de autoria do Senhor António Quintino, sobre as Festas em honra de Nossa Senhora da Conceição, naquela localidade, publicado no jornal Nova Verdade, na edição de 30 de Novembro de 2001(página 23).

O Rei D. João IV, não esqueceu a exortação de Frei João de S. Bernardino, e nas cortes de 28 de Dezembro de 1645, conduziu os três Estados do Reino, a elegerem Nª Sª da Conceição, por defensora e protectora de Portugal e seus territórios. Aliás, o Rei intitulava-se não só soberano de Portugal, mas também Senhor da Guiné e da Conquista , Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia.

A deliberação solene de tomar Nª Sª da Conceição como Padroeira de Portugal, teve lugar em 25 de Março de 1646. Perante toda a Corte, o Rei pronunciou:

- assentamos de tomar por padroeira de Nossos Reinos e Senhorios, a Santíssima Virgem, Nossa Senhora da Conceição, na forma dos Breves do Santo Padre Urbano 8º, obrigando-me a aceitar a confirmação da Santa Sé Apostólica e lhe ofereço em meu nome e do príncipe D. Theodósio, e de todos os meus descendentes, sucessores, Reinos, Senhorios e Vassalos a Sua Santa Caza da Conceição sita em Vila Viçosa-.

O acto de imponente solenidade prosseguiu com os juramentos e os efeitos reais própriamente ditos: - se alguma pessoa intentar contra esta nossa promessa, juramento e vassalagem, por este mesmo efeito, sendo vassalo, o havemos por não natural e queremos que seja logo lançado fora do Reino; se fôr Rei, haja a sua e nossa maldição e não se conte entre nossos descendentes, esperando que pelo mesmo Deus que nos deu o Reino e subiu à dignidade real, seja dela abatido e despojado. Para que em todo o tempo haja a certeza desta nossa Eleição, promessa e juramento, firmada e estabelecida em Cortes, mandamos fazer dela três autos públicos, um que vai ser levado de imediato à Corte de Roma para se expedir a confirmação da Santa Sé Apostólica, outro que se juntará a esta confirmação, e o terceiro com cópia se guarde no Cartório da Caza de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa e na nossa Torre do Tombo - - Lisboa, aos 25 de Março de 1646; Baltazar Roiz Coelho, o fez; Pedro Vieira da Silva, o escreveu.

Em 25 de Março de 1646, dia de Ramos, perante a Corte e representantes do Reino e cinco bispos reunidos na Capela Real dos Paços da Ribeira, realizou-se esta solene cerimónia de juramento. Pedro Vieira da Silva leu em voz alta o texto e por fim a fórmula do juramento, que o Rei, ajoelhado, diante do altar foi repetindo. O mesmo fizeram o príncipe, os grandes da nobreza, os representantes do povo e os bispos presentes. O acto terminou com solene Te Deum.

A confirmação papal, todavia, demorou 25 anos a chegar, devido a intrigas de Filipe IV, que faziam manter suspensas as nossas relações com a Santa Sé. Finalmente em 1671, Clemente X, aprovou e confirmou o decreto de el-Rei D. João IV. O Breve Papal ratificou a "eleição da Bem Aventurada Virgem Maria sob a invocação da Santíssima Conceição, como particular, única e singular Advogada e Protectora do Reino de Portugal".

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Le concert

Neste último fim de semana fui ver este filme Francês - Le concert; um filme cheio de comédia, diálogo cativantes, inteligentes e profundos que atravessam muitos dos problemas actuais do nosso mundo, e no final um toque de brilho, um concerto que vai tocando na nossa alma à medida que é tocado. Estes filmes definem o bom cinema, e faz-nos ver o lixo que muitas vezes visualizamos sem nos darmos conta, ao elevar um pouco a nossa sensibilidade no que diz respeito à beleza no cinema. Não é nenhum filme sacro nem diz respeito a nenhum drama religioso como os Homens e os Deuses, outro filme Francês que também recomendo, longe disso, é uma história de um conjunto de pessoas russas, com os suas virtudes, sofrimentos, defeitos, alegria e principalmente Vida que explode e vivifica no final aquando o concerto. Este filme é para ver pelo menos duas vezes, porque em todas as cenas à referências imperceptíveis e outras mais perceptíveis sobre a sociedade Ocidental as suas virtudes e os seus defeitos, sobre as questões que tocam-nos todos os dias, e principalmente na França. Mas é na música que tudo resolve-se e ordena-se, a solução perfeita é encontrada na harmonia musical, e a realidade transmuta-se e idealiza-se na música tocada no final. Mas o problema central é um drama mais pessoal, que agora não vale apena aqui estar a assinalar, vejam o filme, mas ficou resolvido sem palavras, foi-lo quando a música acabou.


Aqui está o concerto do final do filme. É óbvio para quem não viu o filme, pouco escrutinará do interior dos músicos porque não conhece a história deles, e por isso não reconhecerá muita da beleza que a cena transmite! Peço desculpa, é ter uma cena de 2 segundos que para nós católicos poderia ser censurada.. mas está lá, só para efeito de comédia..



O tema da nossa geração

Para maior glória da Santa Igreja, Ámen!

Por João César das Neves

O Papa anda de novo nas notícias. Foi insultado em Barcelona e falou do preservativo num livro (Luz do Mundo, Lucerna 2010). Parece que a sociedade não entende mesmo a Igreja. Olha que novidade! Nunca entendeu. Podemos até caracterizar cada geração pelos motivos da sua crítica anticatólica.

O tema hoje é... sexo. O que traz à discussão elementos curiosos e efeitos profundos. O debate do preservativo mostra-o bem. Imagine um jornalista perguntar ao médico: "Devo fumar cigarros com filtro?" A resposta natural é que não deve fumar. Então o jornal publica a manchete: "Medicina é contra o filtro." O mal é o tabaco, mas os médicos também acham que uma vida saudável não precisa de filtros para respirar. Então um jornalista mais insistente consegue que o médico diga: "Se faz o erro enorme de fumar, então use filtro", e o jornal publica a novidade: "Medicina muda de posição sobre o filtro." Foi uma tolice deste calibre que se verificou agora.

O Papa não mudou de posição. A Igreja é contra o adultério, prostituição, promiscuidade e fornicação. Ensina que o sexo, uma das coisas mais maravilhosas que Deus fez, só deve ser vivido numa relação estável e fecunda no seio do matrimónio, sem barreiras artificiais contraceptivas. "Usar deste dom divino, destruindo o seu significado e a sua finalidade, ainda que só parcialmente, é estar em contradição com a natureza do homem" (Encíclica Humanae Vitae, 1968, n.º 13). Foi neste âmbito, dentro dos casais católicos, que a questão do preservativo foi controversa há anos, quando Paulo VI reafirmou a doutrina de sempre.

É evidente que nos outros casos a questão fica radicalmente diferente. No pecado gravíssimo do sexo fora do matrimónio, o preservativo torna-se um detalhe. Quem despreza o sexto mandamento, cometendo adultério ou recorrendo à prostituição, não tem escrúpulo de violar essa outra regra menor. A Igreja opõe-se às campanhas de promoção do preservativo, não por repúdio fanático do instrumento, mas porque esse meio, pretendendo proteger a saúde, promove a promiscuidade e aumenta o risco de sida.

A sociedade hoje anda viciada em libido, como de tabaco há anos. Castidade, pureza, fidelidade são incompreensíveis. Isso passa e voltaremos ao normal. Sabemos bem como delírios colectivos, a que assistimos tantas vezes e parecem imparáveis, se esfumam depois. O problema destas fúrias culturais está nos estragos que deixam.

A França de setecentos e a Rússia de novecentos quase se destruíram na embriaguez da revolução. Agora a cultura preservativa ameaça as sociedades que inquinou. Queda drástica de fertilidade e casamento, envelhecimento da população, degradação da família estiolam o crescimento, dinamismo social, vitalidade cultural. Pior que os tumultos antigos, o vício hedonista deteriora o tecido humano por definhamento. Entretanto o vício ataca a Igreja com disparates daquele calibre por ignorar o sentido da doutrina.

Os papas são incompreendidos e insultados há dois mil anos. Nos primeiros séculos todos morreram mártires. Depois houve papas raptados, enxovalhados, presos, assassinados. Há cem anos era normal a maçonaria gritar e atirar projécteis às janelas do palácio pontifício. O antecessor do actual bispo de Roma foi alvejado com quatro balas.

Sempre se atacou a Igreja. Os motivos é que variaram. Os antigos romanos perseguiam por razões religiosas, como depois os protestantes. Os bárbaros pretendiam credibilidade política, como Napoleão ao prender Pio VII. Os iluministas e maçons tinham um modelo social, como os soviéticos e maoistas. Criticou-se o Papado por defender os indígenas, condenar o absolutismo, ter riquezas, ser pobre, criticar as Cruzadas, promover as Cruzadas, controlar a Inquisição, instituir a Inquisição, etc. Tudo serviu para insultar papas.

Nesta vastíssima variedade de dois milénios, o nosso tempo conseguiu a proeza de ainda ser original. A razão dos insultos de Barcelona, como de Londres, foi homossexualidade e preservativo. Esse é o tema que na História marcará a nossa geração.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

A autoridade da Igreja Católica

http://www.acidigital.com/noticia.php?id=20749

A Igreja Católica continua a sua marcha ao longo da História, sempre à frente de qualquer tipo de moral decadente e bestial, hoje é a maior especialista no mundo a combater a sida, mas por puro irracionalismo, este facto é ignorado pelos supostos intelectuais que não fazem nada, a não ser atirar preservativos à Igreja ridicularizando-a.

A Cruz é o nosso sinal dado por Deus, é o sinal de Cristo!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Ratzinger e a Lei Natural

Pela tradição em Portugal, Ámen!

Se de facto pouca gente do mundo, segue a lei da Igreja no que se refere ao uso do preservativo, que se fundamenta na lei natural e enriquecida pela Revelação, deixo um pequeno trecho, do livro: Existe Deus? - Ateísmo e Verdade - Joseph Ratzinger, Paolo Flores DÁrcais; no qual o Cardeal Ratzinger, hoje Papa Bento XVI, refuta a novidade e a mutabilidade da lei natural, como um expediente usada por parte da Igreja nos séculos XIX e principalmente XX, para defender e resguardar a evidente fraqueza das convicções e da fé Católica do mundo contemporâneo.

Gad Lerner: Gostaria de citar, se me permitirdes, a objecção de um pensador laico italiano, Gian Enrico Ruscini, que, por outro lado, é de matriz Católica, foi um crente que hoje reflecte sobre a crise, por ele qualificada de paralela, do pensamento laico e da teologia católica. Afirma ele que existe uma forte crise paralela, em que a insistente referência da teologia ás leis naturais constituiria justamente um «salva-vidas» em relação ao enfraquecimento da solidez dos princípios e das certezas do passado. E essa centralidade que a defesa da vida humana assumiu na doutrina seria, precisamente, uma aquisição recente, não absoluta e permanente da história da Igreja.

Joseph Ratzinger: Eu diria duas coisas. Primeira questão: houve um certo exagero no uso da referência à lei natural, na doutrina social da Igreja, nascida no final do século XIX, e depois no século XX, até ao Concílio Vaticano II. Houve excessos. Mas essa referência [ao direito natural] um pouco - digamos - exagerada, não impede que ela esteja já presente em S. Paulo, que fala da katanoesis [a palavra grega não é de todo certa].
É uma palavra de que indica circunspecção pela criação e a profunda convicção de que a criação fala de Deus e, portanto, também do homem. Encontramo-la também no Antigo testamento; por isso, sobre a expansão da lei natural, e até onde deve ela chegar, pode e deve discutir-se. Mas, sobre o facto de que os cristãos sempre consideraram a criação como uma realidade em que está presente o logos - e, portanto, não apenas uma estrutura matemática, mas também uma indicação da vida correcta - isso é realmente uma herança dos começos.
Também é certo que, digamos, a atenção concedida à defesa da vida humana é hoje maior do que no passado e, nesse sentido, é igualmente uma característica específica do nosso século, no qual tivemos, afinal, a experiência de uma crueldade e de um desprezo do ser humano, que nos deve manter despertos.
Mas eu diria, nunca se pensou que o homem chegaria a dispor do ser humano, da vida humana. [FIM]

Infelizmente, temos que dizer que Ratzinger hoje como Papa, nas suas imprudentes palavras confundiu o mundo, ao fazê-lo crer que desistiu e cedeu um pouco mais no dever de restituição da verdadeira dignidade do ser humano. O que não é verdade, como podemos ver acima.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A Sexualidade Cristã

Pela conversão dos ateus e agnósticos, Ámen!

A vida Humana é um Dom de Deus, ninguém pode dizer-se que nasceu por mérito próprio, ou por sua própria vontade, nem se pode arrogar de ser o autor da sua própria vida. A vida é um Dom que recebemos, no qual devemos conservar, preservar e desenvolver! É no acto conjugal de amor, que Deus decidiu que fosse também o acto próprio para dar vida aos homens, ou seja, estão intimamente ligados, segundo as leis naturais criadas por Deus. Estes dois actos enriquecem-se um ao outro, e tornam o amor dos esposos plenos, pois dão-se totalmente um ao outro, o dom de si mesmo. "Salvaguardando estes dois aspectos essenciais, unitivo e procriador, o acto conjugal conserva integralmente o sentido de amor mútuo e verdadeiro e a sua ordenação para a altíssima vocação do homem para a paternidade." Humanae Vitae 12 Os esposos tornam-se um só carne, uma só alma, na plenitude da unidade.
A questão da malignidade do uso de preservativo advêm de artificialmente negar o dom da vida, invertendo o acto de doação e luz dos esposos, transformando-o num acto de egoísmo, remetendo o parceiro para um plano igual a de um objecto de consumo, pronto para ser devorado como por um buraco-negro. "É (pois) de recear que o homem, habituando-se ao uso das práticas anticoncepcionais, acabe por perder o respeito pela mulher e, sem se preocupar mais com o equilíbrio físico e psicológico dela, chegue a considerá-la como simples instrumento de prazer egoísta e não mais como a sua companheira, respeitada e amada." Humanae Vitae 17. Assim os contraceptivos, transformam os seres humanos em predadores bestiais porque abrem um buraco de desresponsabilização, ao destruir voluntariamente qualquer possibilidade de vida que está intrinsecamente unida ao acto sexual.

Agora o demónio pergunta, se o esposo tiver sida devido a um acto irreflectido de adultério, pode fazer sexo com a esposa, protegendo-a com o preservativo para a não contaminar?

"Quem reflectir bem, deverá reconhecer .. que um acto de amor recíproco, que prejudique a disponibilidade para transmitir a vida que Deus Criador de todas as coisas nele inseriu segundo leis particulares, está em contradição com o desígnio constitutivo do casamento e com a vontade do Autor da vida humana. Usar deste dom divino, destruindo o seu significado e a sua finalidade, ainda que só parcialmente, é estar em contradição com a natureza do homem, bem como com a da mulher e da sua relação mais íntima; e, por conseguinte, é estar em contradição com o plano de Deus e com a sua vontade." Humanae Vitae 13

"É, ainda, de excluir toda a acção que, ou em previsão do acto conjugal, ou durante a sua realização, ou também durante o desenvolvimento das suas consequências naturais, se proponha, como fim ou como meio, tornar impossível a procriação." Humanae Vitae 20

A solução é a Fidelidade para prevenir estes casos..

Mas o demónio astuto, dizia que o casamento estava em risco, devido a esta situação?

Não se podem invocar, como razões válidas, para a justificação dos actos conjugais tornados intencionalmente infecundos, o mal menor, ou o facto de que tais actos constituiriam um todo com os actos fecundos, que foram realizados ou que depois se sucederam, e que, portanto, compartilhariam da única e idêntica bondade moral dos mesmos. Na verdade, se é lícito, algumas vezes, tolerar o mal menor para evitar um mal maior, ou para promover um bem superior, nunca é lícito, nem sequer por razões gravíssimas, fazer o mal, para que daí provenha o bem; isto é, ter como objecto de um acto positivo da vontade aquilo que é intrinsecamente desordenado e, portanto, indigno da pessoa humana, mesmo se for praticado com intenção de salvaguardar ou promover bens individuais, familiares, ou sociais." Humanae Vitae 14,

A solução é a castidade para que o amor dos conjugues seja sagrado e compreensivo..


No mundo de desgraça em que vivemos, as virtudes da castidade e da fidelidade não são respeitadas, por isso aparece aqui o preservativo como uma falsa solução, porque pecaminosa. Queria acrescentar por isso, a dificuldade de julgamento da gravidade do pecado, tanto em relação ao uso de preservativo como em relação à transmissão consciente de uma doença sexualmente transmissível a um conjugue! No primeiro caso é uma transgressão do 6º mandamento (guardar castidade), e no último, uma transgressão do 5º mandamento (Não matarás), assim julgo que transgredir o 5º mandamento seria mais grave, pois além de pecarmos contra nós e Deus, pecámos contra o próximo, enquanto no 6º não pecámos contra outro ser humano. Só a nossa fraqueza nos leva a distinguir a gravidade da infracção de 2 mandamentos, porque são ambos pecados, devia ser o bastante para não infringir os 2.

Também queria acrescenta que no trecho acima d
a Humanae Vitae do Papa Paulo VI, este parece fazer uma distinção, entre tolerar um mal menor para impedir um mal maior, e tolerar um acto mau para alcançar um bem, dizendo que este último não é licito porque é logicamente impossível, o problema é que estas duas distinções facilmente podem ser manuseadas para qualquer situação, como o exemplo acima dado, se é ilícito usar um preservativo para proteger um casamento, já seria tolerável o seu uso como um mal menor para não contagiar o conjugue?? A única resposta objectiva, seria que são duas situações pecaminosas..

A miséria do nosso mundo é incomensurável e nunca mais acabaria e os exemplos seriam muitos, e o demónio aproveitaria-se sempre da nossa situação para aumentar o escândalo, mas a lei de Deus escrita na criação não mudaria uma virgula! No entanto a questão essencial, e julgo eu que não se pode resolver objectivamente, é se é sempre pecado o uso de preservativo, por exemplo, no caso de um esposo ser estéril involuntariamente e ele ou a esposa terem alguma doença sexualmente transmissível, se seria bom o uso de preservativo? A resposta julgo eu, é dúbia, podia ser como não ser, depende caso o acto conjugal fosse uma manifestação de amor, ou um uso egoísta dos corpos.. São coisas que não se legislam porque são coisas particulares subjectivas, e a lei por natureza deve ser universal, no entanto no nosso mundo actual de relativismo, dificilmente isso acontece, mas ainda assim as melhores leis são aquelas mais próximas da universalidade da Verdade. O Cristianismo defende a plenitude humana, por isso é regido por máximas, como o próprio Jesus ensinou, como a própria felicidade requer. Assim teremos vida em abundância, sem misérias como aquelas ilustradas acima!


"A doutrina da Igreja sobre a regulação dos nascimentos, que promulga a lei divina, parecerá, aos olhos de muitos, de difícil, ou mesmo de impossível actuação. Certamente que, como todas as realidades grandiosas e benéficas, ela exige um empenho sério e muitos esforços, individuais, familiares e sociais. Mais ainda: ela não seria de facto viável sem o auxílio de Deus, que apóia e corrobora a boa vontade dos homens. Mas, para quem reflectir bem, não poderá deixar de aparecer como evidente que tais esforços são nobilitantes para o homem e benéficos para a comunidade humana." Humanae Vitae 20