quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A Sexualidade Cristã

Pela conversão dos ateus e agnósticos, Ámen!

A vida Humana é um Dom de Deus, ninguém pode dizer-se que nasceu por mérito próprio, ou por sua própria vontade, nem se pode arrogar de ser o autor da sua própria vida. A vida é um Dom que recebemos, no qual devemos conservar, preservar e desenvolver! É no acto conjugal de amor, que Deus decidiu que fosse também o acto próprio para dar vida aos homens, ou seja, estão intimamente ligados, segundo as leis naturais criadas por Deus. Estes dois actos enriquecem-se um ao outro, e tornam o amor dos esposos plenos, pois dão-se totalmente um ao outro, o dom de si mesmo. "Salvaguardando estes dois aspectos essenciais, unitivo e procriador, o acto conjugal conserva integralmente o sentido de amor mútuo e verdadeiro e a sua ordenação para a altíssima vocação do homem para a paternidade." Humanae Vitae 12 Os esposos tornam-se um só carne, uma só alma, na plenitude da unidade.
A questão da malignidade do uso de preservativo advêm de artificialmente negar o dom da vida, invertendo o acto de doação e luz dos esposos, transformando-o num acto de egoísmo, remetendo o parceiro para um plano igual a de um objecto de consumo, pronto para ser devorado como por um buraco-negro. "É (pois) de recear que o homem, habituando-se ao uso das práticas anticoncepcionais, acabe por perder o respeito pela mulher e, sem se preocupar mais com o equilíbrio físico e psicológico dela, chegue a considerá-la como simples instrumento de prazer egoísta e não mais como a sua companheira, respeitada e amada." Humanae Vitae 17. Assim os contraceptivos, transformam os seres humanos em predadores bestiais porque abrem um buraco de desresponsabilização, ao destruir voluntariamente qualquer possibilidade de vida que está intrinsecamente unida ao acto sexual.

Agora o demónio pergunta, se o esposo tiver sida devido a um acto irreflectido de adultério, pode fazer sexo com a esposa, protegendo-a com o preservativo para a não contaminar?

"Quem reflectir bem, deverá reconhecer .. que um acto de amor recíproco, que prejudique a disponibilidade para transmitir a vida que Deus Criador de todas as coisas nele inseriu segundo leis particulares, está em contradição com o desígnio constitutivo do casamento e com a vontade do Autor da vida humana. Usar deste dom divino, destruindo o seu significado e a sua finalidade, ainda que só parcialmente, é estar em contradição com a natureza do homem, bem como com a da mulher e da sua relação mais íntima; e, por conseguinte, é estar em contradição com o plano de Deus e com a sua vontade." Humanae Vitae 13

"É, ainda, de excluir toda a acção que, ou em previsão do acto conjugal, ou durante a sua realização, ou também durante o desenvolvimento das suas consequências naturais, se proponha, como fim ou como meio, tornar impossível a procriação." Humanae Vitae 20

A solução é a Fidelidade para prevenir estes casos..

Mas o demónio astuto, dizia que o casamento estava em risco, devido a esta situação?

Não se podem invocar, como razões válidas, para a justificação dos actos conjugais tornados intencionalmente infecundos, o mal menor, ou o facto de que tais actos constituiriam um todo com os actos fecundos, que foram realizados ou que depois se sucederam, e que, portanto, compartilhariam da única e idêntica bondade moral dos mesmos. Na verdade, se é lícito, algumas vezes, tolerar o mal menor para evitar um mal maior, ou para promover um bem superior, nunca é lícito, nem sequer por razões gravíssimas, fazer o mal, para que daí provenha o bem; isto é, ter como objecto de um acto positivo da vontade aquilo que é intrinsecamente desordenado e, portanto, indigno da pessoa humana, mesmo se for praticado com intenção de salvaguardar ou promover bens individuais, familiares, ou sociais." Humanae Vitae 14,

A solução é a castidade para que o amor dos conjugues seja sagrado e compreensivo..


No mundo de desgraça em que vivemos, as virtudes da castidade e da fidelidade não são respeitadas, por isso aparece aqui o preservativo como uma falsa solução, porque pecaminosa. Queria acrescentar por isso, a dificuldade de julgamento da gravidade do pecado, tanto em relação ao uso de preservativo como em relação à transmissão consciente de uma doença sexualmente transmissível a um conjugue! No primeiro caso é uma transgressão do 6º mandamento (guardar castidade), e no último, uma transgressão do 5º mandamento (Não matarás), assim julgo que transgredir o 5º mandamento seria mais grave, pois além de pecarmos contra nós e Deus, pecámos contra o próximo, enquanto no 6º não pecámos contra outro ser humano. Só a nossa fraqueza nos leva a distinguir a gravidade da infracção de 2 mandamentos, porque são ambos pecados, devia ser o bastante para não infringir os 2.

Também queria acrescenta que no trecho acima d
a Humanae Vitae do Papa Paulo VI, este parece fazer uma distinção, entre tolerar um mal menor para impedir um mal maior, e tolerar um acto mau para alcançar um bem, dizendo que este último não é licito porque é logicamente impossível, o problema é que estas duas distinções facilmente podem ser manuseadas para qualquer situação, como o exemplo acima dado, se é ilícito usar um preservativo para proteger um casamento, já seria tolerável o seu uso como um mal menor para não contagiar o conjugue?? A única resposta objectiva, seria que são duas situações pecaminosas..

A miséria do nosso mundo é incomensurável e nunca mais acabaria e os exemplos seriam muitos, e o demónio aproveitaria-se sempre da nossa situação para aumentar o escândalo, mas a lei de Deus escrita na criação não mudaria uma virgula! No entanto a questão essencial, e julgo eu que não se pode resolver objectivamente, é se é sempre pecado o uso de preservativo, por exemplo, no caso de um esposo ser estéril involuntariamente e ele ou a esposa terem alguma doença sexualmente transmissível, se seria bom o uso de preservativo? A resposta julgo eu, é dúbia, podia ser como não ser, depende caso o acto conjugal fosse uma manifestação de amor, ou um uso egoísta dos corpos.. São coisas que não se legislam porque são coisas particulares subjectivas, e a lei por natureza deve ser universal, no entanto no nosso mundo actual de relativismo, dificilmente isso acontece, mas ainda assim as melhores leis são aquelas mais próximas da universalidade da Verdade. O Cristianismo defende a plenitude humana, por isso é regido por máximas, como o próprio Jesus ensinou, como a própria felicidade requer. Assim teremos vida em abundância, sem misérias como aquelas ilustradas acima!


"A doutrina da Igreja sobre a regulação dos nascimentos, que promulga a lei divina, parecerá, aos olhos de muitos, de difícil, ou mesmo de impossível actuação. Certamente que, como todas as realidades grandiosas e benéficas, ela exige um empenho sério e muitos esforços, individuais, familiares e sociais. Mais ainda: ela não seria de facto viável sem o auxílio de Deus, que apóia e corrobora a boa vontade dos homens. Mas, para quem reflectir bem, não poderá deixar de aparecer como evidente que tais esforços são nobilitantes para o homem e benéficos para a comunidade humana." Humanae Vitae 20

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