domingo, 21 de novembro de 2010

Ainda sobre as declaraçãoes de Bento XVI

Em memória de todas as vítimas do aborto, Ámen!

Eu na postagem anterior, tentei compreender as declarações do Papa, e acho que consegui justificá-las, mas surgiu outro problema, é o Papa quem as diz! O que há mais perigoso para a Fé, é o Papa opinar sobre casos particulares, devido à sua complexidade e subjectividade, que trazem confusão à verdadeira doutrina, no qual ele é o principal guardião. O Diabo, é um ser muito inteligente, e o que ele mais faz, é colocar pedras de tropeço. Ora a Igreja como guardiã da Fé, da Verdade que une todos os homens do mundo, legisla sempre nas questões da doutrina, moral, fé, em harmonia com a Verdade da natureza humana e do mundo, cuja universalidade não deixa ninguém de fora. No entanto, no nosso mundo imperfeito, existem casos particulares, que aparentemente tornem a Verdade, demasiado dura. Por exemplo no caso do aborto, os servos do demónios, fazem por embaraçar a pretensa Verdade das leis da Igreja, com casos esdrúxulos, como por exemplo, quando uma criança é violada e fica grávida, como aconteceu à pouco tempo, no Brasil. É óbvio que não há nada que justifique um assassínio, por mais que seja de lamentar os casos de violação. Aqui com os preservativos é a mesma coisa, não há justificação para o seu uso em relações heterossexuais, e mesmo assim, só aparentemente é que parecem ajudar, mas no fundo tornam as pessoas mais promiscuas. Já nas relações homossexuais, como disse na postagem anterior é indiferente o uso do preservativo, por isso acabo por concordar com o Papa neste caso particular. O problema é que o Papa não pode opinar sobre casos particulares, o Papa como detentor das Chaves de Pedro, deve olhar para o Céu e não para a Terra, um dos principais problemas hoje da Igreja, é o não exercício do seu poder de magistério infalível.. e isso deve-se também à ditadura do relativismo que o Papa tanto ataca. Por isso o Papa deve-se abster de análise de casos miseráveis do nosso mundo, mas que existem, porque quanto mais particular é um caso, mais subjectivo torna-se o seu julgamento e mais prudente é deixar para a justiça Divina. Hoje assiste-se a um fenómeno curioso no mundo que é a emancipação de particularismos contra aquilo que é universal e por isso racional, e nas leis é a mesma coisa, reconhece-se hoje a homossexualidade, contra a universalidade da heterossexualidade, reconhece-se hoje um terceiro sexo que não se sabe bem o que é, contra a universalidade do sexo masculino e feminino, reconhece-se valores de minorias contra os valores da maioria, ainda por mais bizarros que sejam, mas lutam contra uma cultura, cuja razão tem pouco a dizer.. O Papa deve ser prudente, não pode tropeçar, nem pode deixar que a Igreja tropece, deve fixar o mundo com os olhos de Deus, que contemplou a sua obra, e viu que tudo era Bom, e legislar consoante a lei de Deus e da Criação, com toda a autoridade que Deus lhe deu, nos locais próprios e com todos os símbolos inerentes ao seu Poder!

Nota: A minha tentativa de defesa do Papa na postagem anterior tem falhas, e isso deve-se, pela particularidade e subjectividade do caso. Ou seja, no caso do infractor, ter sida e não conseguir evitar o pecado homossexual, o uso de preservativo como um acto de protecção dele e do parceiro por incrível que pareça é bom, porque como já disse a malignidade do preservativo neste caso não se põe, ainda que o acto homossexual seja intrinsecamente mau, mas se o homossexual usa o preservativo como um instrumento de seguro para uma maior promiscuidade, é óbvio que é mau e agrava o pecado, porque o deixa mais preso a este! Por isso lamento ter sido o Papa o primeiro a opinar sobre este caso particular, quando ele têm é que fortalecer as leis Universais e Verdadeiras da Igreja.

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