sexta-feira, 28 de maio de 2010
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Reforma da Igreja
A Igreja no século XI, começou a libertar-se do jugo do poder temporal e a prosseguir uma linha, uma reforma, que contemplava o separar de águas entre o poder temporal e espiritual, que culminou no Didactus Papus de 1075 do Papa Gregório VII. Este sacralizar da vida temporal com a instituição das Tréguas de Deus, com a instituição da Paz de Deus, que proibia as guerra em determinados dias, a elevação do poder espiritual sob o temporal com a autonomia do poder da Igreja submisso ao Papa e não aos senhores, contribuindo para o enfraquecimento do nepotismo e simonismo, também a vitória do Papado sobre o Imperador na vocação do poder universal. A instituição do celibato para combater nicolaísmo, e a reforma litúrgica que homogeneizou o rito Gregoriano em toda a Cristandade. Esta reforma foi tão importante para o desenvolvimento da civilização Europeia, que é um dos pontos principais que hoje define, o que chamámos de Ocidente!
A reforma Gregoriana do século XI, levou o mundo a um dos maiores expansões civilizacionais de toda a história, no qual a Europa descolou sob todas as outras regiões e civilizações de então.
A Igreja também hoje só tem um rumo, desembaraçar do que é perecível e temporal, e voltar outra vez para a Verdade, que não muda, foi este pensamento universal e sacro, que fez também despontar as universidades na Europa! Por isso vejo com bons olhos a reforma liturgia empreendida por este Papa, reformando a Liturgia actual que já não é do meu tempo, mas dos anos 60, e voltando para a liturgia milenar da Igreja que desenvolveu com o conhecimento da revelação, e por isso sempre fiel à verdade da Fé que não muda, porque eterna!
domingo, 23 de maio de 2010
Bem-aventurados sereis quando vos insultarem e perseguirem
A Nona Bem Bem-aventurança - por João César das Neves
Um dos fenómenos mais espantosos da história da humanidade é o ataque à Igreja. Esse processo, tão aceso estes dias, é sempre muito curioso.
Primeiro pela duração e persistência. Há 2000 anos que os discípulos de Cristo são perseguidos, como o próprio Jesus profetizou. E cada ataque, uma vez começado, permanece. A Igreja é a única instituição a que se assacam responsabilidades pelo acontecido há 100, 500 ou 1500 anos. Os cristãos actuais são criticados pela Inquisição do século XVII, missionação ultramarina desde o século XV, cruzadas dos séculos XI-XIII, até pela política do século V (no recente filme Ágora, de Alejandro Amenábar, 2009).
Depois, como notou G. K. Chesterton em 1908, o cristianismo foi atacado "por todos os lados e com todos os argumentos , por mais que esses argumentos se opusessem entre si" (Orthodoxy, c. VI). Vemos criticar a Igreja por ser tímida e sanguinária, pessimista e ingénua, laxista e fanática, ascética e luxuosa, contra o sexo e a favor da procriação, etc. Mas o mais espantoso é que os ataques conseguem convencer-nos daquilo que é o oposto da evidência mais esmagadora.
Os iluministas provaram-nos que a religião cristã é a principal inimiga da ciência; supersticiosa, obscurantista, persecutória do estudo e investigação rigorosos. A evidência histórica mostra o inverso. A dívida intelectual da humanidade à Igreja é enorme. Devemos a multidões de monges copistas a preservação da sabedoria clássica. Quase tudo o que sabemos da Antiguidade pagã veio dos mosteiros. Foi a Igreja que criou as primeiras universidades e o debate académico moderno. Eram cristãos devotos os grandes pioneiros da ciência, como Kepler, Pascal, Newton, Leibniz, Bayes, Euler, Cauchy, Mendel, Pasteur, etc. Até o caso de Galileu, sempre citado e distorcido, mostra o oposto do que dizem.
Depois, os jacobinos asseguraram-nos que a Igreja é culpada de terríveis perseguições religiosas, étnicas e sociais, destruição cultural de múltiplos povos, amiga de fogueiras e câmaras de tortura, chacinas, saques e genocídios. No entanto, a evidência de 2000 anos de história real de cristãos concretos é de caridade, mediação, pacifismo. Tudo o que o nosso tempo sabe de direitos humanos, diplomacia, cooperação e tolerância foi bebê-lo a autores cristãos.
A seguir, os marxistas vieram atacar a Igreja por ser contra os proletários e a favor dos ricos. Quando é evidente o cuidado permanente, multissecular e pluricultural dos cristãos pelos pobres e infelizes, e as maravilhas sociais da solidariedade católica no apoio aos desfavorecidos.
Vivemos hoje talvez o caso mais aberrante: a Igreja é condenada por... pedofilia. A queixa é de desregramento sexual, deboche, perversão. Mas a evidência histórica mostra que nenhuma outra entidade fez mais pelo equilíbrio da sexualidade e a moralização da vida pessoal da humanidade. Mais uma vez, o ataque nasce do oposto da verdade.
Serão as acusações contra a Igreja falsas? Elas partem sempre de um núcleo verdadeiro. Houve cristãos obscurantistas, persecutórios, cruéis, injustos, luxuosos, como hoje há padres pedófilos. Aliás, em 2000 anos de história, e agora com mais de mil milhões de fiéis, tem de haver de tudo. A distorção está na generalização ao todo de casos particulares aberrantes. Não sendo tão má quanto o mito, a Inquisição foi péssima. Mas a Inquisição não representa a Igreja e a própria Igreja da época a condenou. Os críticos nunca combatem os erros, sempre a instituição. Hoje não se ataca a pedofilia na Igreja, mas a Igreja pedófila.
A razão do paradoxo é clara. Cada época projecta na Igreja os seus próprios fantasmas. Ninguém atropelou mais o rigor científico que os iluministas. Ninguém foi mais sangrento que os jacobinos. Ninguém gerou maior pobreza que os marxistas. Ninguém tem mais desregramento sexual que o nosso tempo.
O ataque à Igreja é uma constante histórica. A História muda. A Igreja permanece. Porque ela é Cristo. Dela é a nona bem-aventurança: "Bem-aventurados sereis quando vos insultarem e perseguirem" (Mt 5, 11).
naohaalmocosgratis@fcee.ucp.pt
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Homossexualismo
Os Papas e as esquerdas
I. Tal como afirma o director do i, Bento XVI é mais interessante do que João Paulo II . João Paulo II é, com certeza, uma figura central do século XX. Karel Wojtyla foi uma peça fundamental no derrube do totalitarismo comunista. Mas, vamos lá contextualizar, João Paulo II não estava sozinho no combate à esquerda totalitária. Em grande medida, o Papa-que-fazia-os-800-metros-barreiras-na-boa tinha todos os políticos do Ocidente ao seu lado. A divisão Oeste - Leste era política e estratégica, logo, isso facilitava as coisas para o Vaticano.
II. Ora, o combate de Bento XVI não é político, mas sim intelectual e moral. Bento XVI não está a lutar contra a velha esquerda comunista, mas sim contra o relativismo moral e cultural da esquerda caviar. Este é um combate mais difícil, porque não existe um "inimigo" claro do "outro lado". É um combate puramente intelectual e moral. Era "fácil" atacar a esquerda comunista do outro lado do muro. Não é fácil atacar a esquerda caviar que é a própria essência da Europa Ocidental.
III. João Paulo II era odiado pela extrema-esquerda, aquela coisa que não perdoa a história pela queda do muro de Berlim. Mas Bento XVI é odiado por toda a esquerda europeia, porque este Papa está empenhado na luta contra a essência "progressista" de hoje: o relativismo moral e cultural, a consagração do espírito derrotista e anti-ocidental, a imposição de um vácuo histórico e religioso (vulgo: o politicamente correcto) . O combate de João Paulo II pertence ao passado, e está decidido: o comunismo perdeu para sempre. O combate de Bento XVI é actual, e não está decidido. Mais uma razão para considerar Bento XVI, o intelectual poderoso, mais interessante do que João Paulo II, o político atlético.
Retirado: http://clix.expresso.pt/atempoeadesmodo
quinta-feira, 13 de maio de 2010
O que é o politicamente correcto?
I. Há dias, uma leitora exigia: "mas defina lá o que é isso do "politicamente correcto". Pois muito bem, vamos lá a definições, que eu hoje estou muito germânico, kantiano mesmo. O "Politicamente correcto" é, se quiserem, um silencioso marxismo cultural. Se o velho marxismo era uma coisa de massas, este novo marxismo é uma coisa silenciosa. O politicamente correcto não é uma ideologia colectiva. É, isso sim, uma crença privada. Mas, atenção, é uma crença privada partilhada, em silêncio, por milhões. É um manual de comportamento e de policiamento do pensamento e do vocabulário.
II. O velho marxismo assentava numa simples dicotomia moralista: havia os "bons", os operários, e os "maus", os burgueses. O novo marxismo cultural readaptou essa lógica para a esfera cultural, religiosa e étnica: há o "mau", o Ocidente branco, e há o "bom", o resto do mundo não-ocidental. Isto, como é óbvio, gera a farsa moral do politicamente correcto. Uma farsa que mina o debate das nossas sociedades .
III. Um exemplo desta farsa: há dias, Evo Morales disse uma barbaridade: os transgénicos, segundo o Presidente da Bolívia, causam a terrível doença da homossexualidade. Esta declaração, que é um absurdo, não causou polémica. Os "tolerantes" do costume não reagiram. Se tivesse sido um líder ocidental a dizer semelhante disparate, oh meu deus, tinha caído o Carmo e a Trindade. Mas como foi um "indígena" da Bolívia, as boas consciências calaram-se. Tal como se calaram perante o racismo de Lula da Silva ("esta crise é da responsabilidade de louros de olhos azuis") ou perante a ignorância criminosa de líderes africanos ("a SIDA é uma invenção ocidental"). Pior: os "tolerantes" são incapazes de criticar a homofobia de Morales, mas já são capazes de me apelidar de "racista" só pelo facto de eu criticar Morales. É esta a hipocrisia vital do chamado "politicamente correcto".
IV. O politicamente correcto é racismo. Esta forma de pensar infantiliza todos aqueles que não são brancos. O Ocidente já não é imperial e agora até é fofinho, mas continua a tratar o "outro" como o "pretinho". Este Ocidente bonzinho é racista, porque é incapaz de tratar o "outro" como um adulto imputável
Retirado: http://aeiou.expresso.pt/o-que-e-o-politicamente-correcto=f578286
domingo, 9 de maio de 2010
Confissões..
Que nenhum homem por mais alto que esteja, coloque as suas esperanças longe de Deus, pois não há ninguém que por mais alto que esteja que não possa cair, como aconteceu com o Anjo da Luz - Lúcifer - porque nós sempre dependeremos do Amor de Deus, porque foi no Amor de Cristo, que fomos feitos e criados, porque o fruto do amor é a vida!