Bento XVI aprendeu pela experiência que perderá a pouca influência que tem sobre os bispos de quase todo o mundo, unidos em sua desobediência colegial e pouco caso para com sua autoridade se for muito longe em fazer a coisa certa.
Por isso não é de admirar a demora das conversações entre a FSSPX e o Vaticano, devido à polémica e ás fissuras que possam gerar na Igreja. O Papa podia excomungar todos os que não acatassem os seus decretos, mas isso também conduziria a uma posição de fraqueza perante o mundo, pois Esta entraria como que numa guerra civil, abrindo uma oportunidade para os inimigos da Igreja enfraquecerem-Na ainda mais. De facto o melhor timing para a Igreja implementar as reformas necessárias (segundo o pensamento dos homens), para conduzirem-na outra vez para o porto seguro da Eucaristia e de Maria, seria aquando o mundo entrasse também ele numa crise grave, impedindo que os inimigos exteriores da Igreja tivessem mais força, enquanto a Igreja purificava-se dos lobos interiores. Este momento parece estar para a breve tal é a decadência do Ocidente. Mas enquanto isto a política do Vaticano é contraditória no que diz respeito à FSSPX, como Dom Fellay explica:
A política do Vaticano parece ser uma política contraditória que vacila entre “condenação e admiração”, observou. Ele pareceu estar convencido de que, no que diz respeito aos sentimentos pessoais de Bento XVI, admiração é a palavra para a FSSPX. Explicou que no primeiro encontro com o Papa Bento XVI, Sua Santidade duas vezes se referiu a Dom Lefebvre – primeiro, como o “venerado Arcebispo Lefebvre” e, mais tarde, como “Arcebispo Lefebvre, este grande homem da Igreja universal”.
A resposta que Sua Excelência nos levou a ver é que, por razões políticas, Bento XVI sente que, dada à situação da Igreja hoje e os “lobos” de dentro, não pode reconhecer a Fraternidade de jure. Ainda, uma vez que ele sabe que ela está “dentro da Igreja” e “dando bons frutos”, reconhecerá sua legitimidade de facto o tanto quanto for possível. Como observou o Padre Scott Gardner em sua conferência no início do dia, o erro da colegialidade tem impedido a correcção dos erros e abusos produzidos pelo Concílio. Padre Gardner contou que um importante Cardeal admitiu a ele que a colegialidade efectivamente tornou a Igreja “ingovernável”.
Os fiéis podem fazer .. uma coisa. Rezar por este Papa. Rezem para que ele tenha a fortaleza para não correr dos lobos como ele nos pediu para fazer em suas primeiras palavras como Papa. Ele já está sob ataque intenso por seu reconhecimento de facto da Fraternidade. Obviamente, ele precisa de mais orações do que nunca se o fizer de jure.
Parece que o Papa profetizou sobre o perigo dos lobos, quando pediu para que rezassem por ele, para que ele não fugisse com medo destes, no primeiro discurso como Papa. Será que ele será tentado a fugir de Roma como Pedro, para depois regressar para o seu martírio?
Os Bispos compreendendo a política do Papa que busca os interesses de Cristo, deveriam estar no pelotão da frente para implementar as medidas desejadas pelo Papa, como o retorno da Missa de Sempre, mas infelizmente estão atrás em desobediência, seguindo os interesses do príncipe deste mundo.
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