Excerto de entrevista, traduzida pelo site Montfort!
III- Sobre o Motu Proprio Summorum Pontificum:
Padre Aulagnier: “Esse Motu Proprio talvez produzirá lentamente todos os seus frutos. Talvez serão necessárias várias gerações, mas o movimento foi lançado, e ele é inelutável. Não se voltará atrás. Quando ouço o Papa denunciar, discurso atrás de discurso, o relativismo do pensamento moderno, e afirmar contra isso que a inteligência foi feita para a verdade e que o verdadeiro – Deus é a verdade – é a única fonte do equilíbrio moral, quando ouço o Papa conclamar que se volte ao estudo do ser, que é a nobreza da razão e fonte do realismo que só ele permite de fugir do subjectivismo e do pensamento cartesiano, assim como quando ele fez seu discurso em Ratisbona, eu me alegro.
Quando, nesse mesmo discurso, eu ouço o Papa dizer, na cara de todos os agnósticos presentes ou ausentes que «uma razão surda ao divino e que repele as religiões ao domínio das sub-culturas, é inapto ao diálogo das culturas», eu me alegro com isso. Não condenou ele assim todo o laicismo contemporâneo que inspira tão fortemente nossos políticos? Esse é um aspecto essencial da Modernidade. Não condenou ele também por suas palavras esta edificação da Europa cujos responsáveis recusam colocar Deus e a religião cristã, tão essencial à Europa, no coração da constituição europeia? Quando vejo que todas essas ideias têm um eco tão forte na igreja ortodoxa de Moscovo e que as relações estão melhorando a ponto que se ouve dizer que haverá um provável encontro, e mesmo iminente entre Bento XVI e o Patriarca de Moscovo, eu me alegro. Compreendo quanto as críticas de Hans Küng contra Bento XVI são injustas e miseráveis. O próximo encontro de Roma e Moscovo mostrará quão pouco fundamento tinha a sua crítica. Ele se desonra. Quando ouço o Papa tão corajosamente condenar qualquer aborto e falar tão altamente em favor da vida desde o nascimento até a morte natural, eu me alegro. Tudo isso me faz compreender porque o «mundo « se desencadeia em ódio contra Bento XVI. Como dizia recentemente um pensador:compreendo essa oposição, porque Bento XVI é talvez o único « contestador» da «Modernidade», não do progresso material, mas do relativismo contemporâneo.
quarta-feira, 9 de junho de 2010
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