Todos os homens são confrontados com as fraquezas e limitações inerentes à condição humana. A tomada de consciência desse nosso estado acontece inevitavelmente à medida que a nossa vontade começa a separar-se das forças necessárias à realização desta, acontecendo por vários motivos, entre os quais, quando desejámos para além do que a nossa natureza humana é capaz, por exemplo criar do nada, quando desejámos para além das nossas capacidades intelectuais, por exemplo memorizar uma lista telefónica inteira ou quando desejámos para além das nossas capacidades físicas como correr à volta do mundo sem comer. No entanto nenhuma destas limitações são actuais fraquezas e nenhum ser humano a entende como tais no mundo em que vivemos, o que entendemos por fraquezas é a incapacidade de fazer coisas banais, como por exemplo levantar-mos da cama quando acordámos, e não 10 minutos depois.. é óbvio que uma vez até pode ser fácil, mas sucessivamente é mais difícil especialmente quando estamos em férias! O ser humano pode conseguir grandes feitos, conseguir grandes realizações, mas nenhuma aparece de uma forma espontânea ou mágica, exige pequenas acções que de modo perseverante o ser humano repete, é este o segredo para conseguir frutificar a vida de cada um, um exemplo fácil, é a vida de um futebolista, se não persevera nos treinos, não será um grande jogador, um pianista, se não persevera no piano, não se tornará grande músico. Quando nós tomámos consciência destas fraquezas que prejudicam a nossa vida, devemos reflectir para encontrar formas de suprimi-las, formas realistas, através de mudanças banais e não extraordinárias, como por exemplo, estudar mais 30 minutos por dia no caso de um estudante, levar o lixo ou pôr a mesa em casa, ajudar os nossos colegas no estudo, gastar tempo com os nossos amigos ou pessoas que queremos como amigos, e rezar continuamente a Deus por perseverança nas pequenas coisas.. Se parece muito, então podem mudar em coisas ainda mais banalíssimas, basta reflectir um bocadinho. O que é realmente difícil à fraqueza humana vencer, são os vícios, os hábitos formados que prejudicam-nos na vida. Para vencê-los muitas vezes é preciso ajuda de alguém, porque rapidamente chegámos à conclusão que não valemos tanto esforço. O método deve ser o mesmo, mudanças banais na nossa vida que combatam o vício. Normalmente os hábitos têm referências e condicionantes que os ajudam a criar raízes mais facilmente, por exemplo as drogas, normalmente são procuradas com determinadas pessoas, é óbvio se continuarmos a dar-nos com essas pessoas vai ser difícil abandonar o vício. O álcool é outro vício que às vezes inicia-se nos momentos desesperante da vida, e cujas recaídas acontecem nos momentos tristes que vão e vêm inevitavelmente nesta. Outro vício perigoso é a pornografia, à distância de um clique corrói os nossos espíritos, destruindo a naturalidade e pureza das relações entre os homens. Todos estes vícios podem ser vencidos através de mudanças banais no quotidiano, a criação de hábitos bons pode e deve até ser iniciada com outras pessoas que apenas tornarão estes mais fortes, como por exemplo fazer desporto, orar, passear, trabalhar, aprender, iniciar projectos, tocar instrumentos, etc.. desta forma mantemos uma maior agilidade física e mental para combater as necessidades fisiológicas que os vícios criaram no nosso corpo. Lá está, os maus hábitos também são coisas banais, como fumar, dormir e comer mais tempo do que necessário, ver muita televisão, passar muito tempo de forma improdutiva como acontece principalmente com os jovens, descuidando os nossos deveres profissionais ou familiares, etc.. As virtudes são por isso os pequenos hábitos bons, que fortalecem o nosso espírito e acabam por ser o fundamento das grandes obras ao alcance de uma vida comum. Foi a perseverança que fez os Santos! Assim corramos com os vícios e plantemos as virtudes.
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