Pela tradição em Portugal, Ámen!
Se de facto pouca gente do mundo, segue a lei da Igreja no que se refere ao uso do preservativo, que se fundamenta na lei natural e enriquecida pela Revelação, deixo um pequeno trecho, do livro: Existe Deus? - Ateísmo e Verdade - Joseph Ratzinger, Paolo Flores DÁrcais; no qual o Cardeal Ratzinger, hoje Papa Bento XVI, refuta a novidade e a mutabilidade da lei natural, como um expediente usada por parte da Igreja nos séculos XIX e principalmente XX, para defender e resguardar a evidente fraqueza das convicções e da fé Católica do mundo contemporâneo.
Gad Lerner: Gostaria de citar, se me permitirdes, a objecção de um pensador laico italiano, Gian Enrico Ruscini, que, por outro lado, é de matriz Católica, foi um crente que hoje reflecte sobre a crise, por ele qualificada de paralela, do pensamento laico e da teologia católica. Afirma ele que existe uma forte crise paralela, em que a insistente referência da teologia ás leis naturais constituiria justamente um «salva-vidas» em relação ao enfraquecimento da solidez dos princípios e das certezas do passado. E essa centralidade que a defesa da vida humana assumiu na doutrina seria, precisamente, uma aquisição recente, não absoluta e permanente da história da Igreja.
Joseph Ratzinger: Eu diria duas coisas. Primeira questão: houve um certo exagero no uso da referência à lei natural, na doutrina social da Igreja, nascida no final do século XIX, e depois no século XX, até ao Concílio Vaticano II. Houve excessos. Mas essa referência [ao direito natural] um pouco - digamos - exagerada, não impede que ela esteja já presente em S. Paulo, que fala da katanoesis [a palavra grega não é de todo certa].
É uma palavra de que indica circunspecção pela criação e a profunda convicção de que a criação fala de Deus e, portanto, também do homem. Encontramo-la também no Antigo testamento; por isso, sobre a expansão da lei natural, e até onde deve ela chegar, pode e deve discutir-se. Mas, sobre o facto de que os cristãos sempre consideraram a criação como uma realidade em que está presente o logos - e, portanto, não apenas uma estrutura matemática, mas também uma indicação da vida correcta - isso é realmente uma herança dos começos.
Também é certo que, digamos, a atenção concedida à defesa da vida humana é hoje maior do que no passado e, nesse sentido, é igualmente uma característica específica do nosso século, no qual tivemos, afinal, a experiência de uma crueldade e de um desprezo do ser humano, que nos deve manter despertos.
Mas eu diria, nunca se pensou que o homem chegaria a dispor do ser humano, da vida humana. [FIM]
Infelizmente, temos que dizer que Ratzinger hoje como Papa, nas suas imprudentes palavras confundiu o mundo, ao fazê-lo crer que desistiu e cedeu um pouco mais no dever de restituição da verdadeira dignidade do ser humano. O que não é verdade, como podemos ver acima.
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
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