Este texto foi retirado do meu outro blog e este retirado do livro "History of the Christian Church" de Philip Schaff
A Ressurreição de Cristo dos mortos, é relatada pelos quatro Evangelhos, ensinada nas Epístolas, acreditada por toda a cristandade, e comemorada em cada “Dia do Senhor”, como um histórico facto, como a Coroação milagrosa e Selo Divino de todo o Seu Trabalho, como o fundamento da esperança dos crentes, como o penhor das suas próprias ressurreições. É representada no Novo Testamento ambas como um acto do Pai Todo Poderoso, que levantou o seu Filho dos mortos208, e um acto do próprio Cristo, que tinha o poder de dar a sua vida e tomá-la outra vez209. A ascensão era a adequada conclusão da Ressurreição: A Vida Ressuscitada de Nosso Senhor, que é “A Ressurreição e a Vida,” não poderia terminar em outra morte na Terra, mas continuará na eterna glória no céu. Assim São Paulo diz que, “se Cristo ressuscitou dos mortos, não morre mais, A morte não tem mais domínio sobre Ele. Pois, na morte que teve, morreu para o pecado de uma vez para sempre, e na vida que tem, vive para Deus210.”
A Igreja Católica repousa na Ressurreição do seu Fundador. Sem este facto, a Igreja nunca poderia ter nascido, ou se nasce, Ela teria uma morte natural. O milagre da Ressurreição e da existência do Cristianismo estão, tão estritamente ligados que Eles devem permanecer ou cair em conjunto. Se Cristo foi levantado dentre os mortos, então todos os seus outros milagres são certos, e a nossa Fé é invencível, se Ele não ressuscitou, Ele morreu em vão e nossa Fé é vã. Foi só a sua Ressurreição que fez a sua morte disponível para a nossa expiação, justificação e Salvação, sem a sua Ressurreição, a sua morte seria o túmulo das nossas esperanças, mais ainda, estaríamos sob o jugo dos nossos pecados. Um Evangelho de um Salvador Morto seria uma contradição, e uma miserável desilusão. Este é o raciocínio de São Paulo, e sua força é irresistível211.
A ressurreição de Cristo, é portanto, enfaticamente uma questão teste sobre a qual depende a verdade ou falsidade da religião Cristã. Ou é o maior milagre ou desilusão que a História regista212.
Cristo havia predito tanto a sua Crucificação e a sua Ressurreição, mas a forma era como um empecilho para os Discípulos, este último um mistério que não podiam compreender até depois do evento213. Eles sem dúvida esperavam que Ele estabelecesse o seu Reino Messiânico na Terra. Daí a sua decepção e desapontamento após a crucificação. A traição de um dos seus próprios números, o triunfo da hierarquia, a inconstância das pessoas, a morte e o sepultamento do seu Amado Mestre, tinham em poucas horas rudemente tirado as suas Messiânicas esperanças e expôs-lhes o desprezo e o ridículo de seus inimigos. Por dois dias estiveram a tremer à beira do desespero. Mas no terceiro dia, eis que os mesmo Discípulos tiveram uma reviravolta completa do desânimo à Esperança, da timidez à Coragem, da dúvida à Fé, começando a proclamar o Evangelho da Ressurreição em face de um Mundo descrente e com o perigo das suas Vidas. Esta revolução não foi isolada, mas geral entre eles, no entanto não foi o resultado de uma credulidade fácil, mas trouxe a despeito dúvida e hesitação214. Não foi superficial e momentânea, mas radical e duradoura, afectando, não só os Apóstolos, mas toda a História do Mundo. Chegou mesmo ao líder da perseguição, Saulo de Tarso um dos mais claros e fortes intelectos, convertendo-o para um Fervoroso Devoto e Fiel Campeão deste mesmo Evangelho até à hora do seu martírio.
Este é um facto patente a todos os leitores dos capítulos finais do Evangelho, e é livremente admitida mesmo pelos mais avançados cépticos215.
A questão agora levantada é sobre se esta interior revolução, na vida dos Discípulos, com os seus efeitos incalculáveis sobre a fortuna da Humanidade, pode ser explicada racionalmente, sem a correspondência extrínseca revolucionária da História de Cristo, em outras palavras, se a Fé professada dos Discípulos no Cristo ressuscitado foi verdadeira e real, ou uma hipócrita mentira, ou um auto-engano honesto.
Existem quatro possíveis teorias que têm sido tentadas de novo e de novo, e defendidas com toda a aprendizagem e engenho, que pode ser convocados para a sua ajuda. Questões Históricas não são como problemas Matemáticos. Nenhum argumento em favor da Ressurreição aproveitar-se-á com os críticos que começaram logo com o pressuposto filosófico que os milagres são impossíveis, e ainda menos com aqueles que negam não só a ressurreição do corpo, mas até a imortalidade da alma. Mas os factos são teimosos, e se uma hipótese crítica pode ser provada psicologicamente e historicamente impossível e não razoável, o resultado é fatal para a filosofia que está subjacente à hipótese crítica. Não é o trabalho do Historiador, construir uma História a partir de noções preconcebidas e ajustá-las ao seu próprio gosto, mas ao reproduzi-lo através das melhores evidências históricas e deixar que esta fale por si.
Presépio
Há 19 horas
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