Este texto foi retirado do livro "Fórmula de Deus" Nota Final, escrito por José Rodrigues dos Santos, que aconselho a comprar, pois o escritor tem o mérito de explicar a um leigo, as teorias da física mais avançadas.
Boa Leitura!
Quando o astrofísico Brandon CArter proprôs, em 1973, o Príncipio Antrópico, parte da comunidade científica mergulhou num intenso debate sobre a posição da humanidade no universo e o significado último da sua existênçia Pois se o universo está afinado para nos criar, será que temos um papel a desempenhar no universo? Quem concebeu esse papel? E já agora, que papel será esse?
Foi com Copérnico que os cientistas passaram a acreditar que a existênçia dos seres Humanos é irrevelante para o cosmos em geral, uma ideia que tem dominado o pensamento científico desde então. Mas na década de 1930, Arthur Eddington e Paul Dirac notaram inesperadas coincidênçias envolvendo um número de enorme magnitude que começou a aparecer nos mais variados contextos da cosmologia e da física quântica, o estranho 10 elevado a 40.
A revelação de novas coincidênçias foi-se acumulando com o tempo. Descobriu-sse que as constantes da natureza requeriam valores incrivelmente rigorosos para que o universo fosse como é, e percebeu-se que a expansão do universo tinha de ser controlada atá à mais ínfima ordem de grandeza para produzir o misterios equílibrio que possibilita a nossa existênçia. As descobertas foram-se multiplicando. Compreendeu-se que as estruturas essencias à vida, como o aparecimento de estrelas parecidas com o Sol ou o processo de produção de carbono, dependiam de uma espantosamente improvável sequênçia de acidentes consecutivos.
Que significado têm estas descobertas? A primeira constatação é que o universo foi concebido com a afinação adequada para, no mínimo gerar vida. Mas esta conclusão suscita inevitavelmente um problema filosófico de suprema magnitude - a questão da intencionaldidade da criação do universo.
Para contrairar a conclusão óbvia que se pode extrair destas descobertas, muitos cientistas defendem que o nosso universo é apenas um entre milhares de milhões de universos, cada um com valores diferentes nas suas constantes, o que significa que estarão quase desprovidos de vida. Assim sendo, é apenas uma coincidênçia que o nosso universo esteja afinado para produzir vida - a esmagadora maioria de universos nao tem vida. O problema desta argumentação é que ela é baseada em nenhuma observação ou descoberta. Nunca ninguém vislumbrou os menores traços da existênçia de outros universos nem remotos vestígios de diferentes valores das constantes da natureza. Ou seja, a hipótese dos multiuniversos assenta justamente naquilo que a ciênçia mais critica no pensamento não científico - a fé.
“Fizeste a lua para marcar os tempos e o sol para saber a hora de se pôr”. “Como são numerosas, Senhor, tuas obras! Tudo fizeste com sabedoria, a terra está cheia, das tuas criaturas” (Sl 104,19.24).
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