Vimos que o Paganismo , é a manifestação Religiosa do Homem, inerente à sua natureza de ser racional, no entanto veio revelar ao longo da sua história, aquele mistério que acompanha o homem, e hoje principalmente face ao domínio do homem sobre o mundo, revela-se para quem tem consciênçia e o vê, inexplicavel, doloroso. (Não é preciso falar do mal que hoje assola o mundo, muitas vezes escondido pela sociedade de consumo) Numa só palavra a decadênçia, fraqueza, o mal, que atingem os homens e as suas obras. Assim a História nos mostra, e não interessa o grau de perfeição que o homem e as suas obras possam atingir, como no caso do poder Romano e a Cultura Grega, estas acabaram por definhar.. Assim o Paganismo vem-nos mostrar a incapacidade do Homem de permanecer na verdade e no bem, que a razão humana vê, e também de se redemir a si próprio (ainda que a Ciênçia e por ela o Homem, apregoa-se como capaz de redimir a humanidade, ainda que com a ajuda desta cometeram-se os maiores crimes contra a humanidade) , é pois com naturalidade que Deus primeiro pelo Judaísmo e depois pelo o Cristianismo, revele-se, primeiro para preparar o mundo para a sua vinda, e depois para regenerar o mundo ao longos dos tempos pela sua graça permitindo que o homem hoje, viva numa época única, mas infelizmente cada vez mais longe de Deus e da sua Igreja que construi esta mesma sociedade Ocidental. (E por isso com o perigo de ruir, sem a renovação da sociedade pelo Espírito Vivificante, através da sua Igreja, segundo a sua Vontade) Mas antes de prosseguimos para Cristo e a sua Igreja, vamos ver um pouco mais como a providênçia preparou o mundo para a Sua manifestação e da sua Igreja.
Este texto foi retirado do meu outro blog e este retirado do livro "History of the Christian Church" de Philip Schaff
O império Romano, embora estabelecesse directamente, não mais do que uma união política externa, ainda promoveu indirectamente uma mútua aproximação intelectual e moral da Religião Pagã e Judaica, que foram conciliados em um reino espiritual pelo poder sobrenatural de Cristo.
1. Os Judeus, desde o cativeiro da Babilónia, espalharam-se por todo o mundo. Eles eram tão omnipresentes no império Romano no primeiro século como são agora na Cristandade. De acordo com Josefos e Strabo, não houve qualquer País onde eles não fizessem parte da População85. Entre as testemunhas do milagre do Pentecostes foram “Judeus de todas as nações debaixo do çéu... Partos, Medos, Elamitas, habitantes da Mesopotânia, da Judeia e da Capadócia, do Ponto e da Ásia, da Frígia e da Panfília, do Egipto e das regiões da Líbia cirenaica, colonos de Roma, Judeus e prosélitos, cretenses e Árabes.”86 Apesar da antipatia e inveja dos Gentios, que tinham pelo o talento e indústria dos Judeus, estes aumentavam a suas riquezas, influênçias e, privilégios, construindo sinagogas em todas as cidades comerçiais do império Romano. Pompey trouxe um número considerável de Judeus cativos de Jerusalém para a capital (bc 63), e estabeleceu-os nas margem direita do rio Tibre (Trastevere). Ao estabelecer estas comunidades, forneçeu sem o saber, a “matéria-prima” para a Igreja Romana. Júlio César foi o grande protector dos Judeus, e eles mostraram a sua gratidão pela recolha de muitas noites lamentando a sua morte no fórum onde o seu corpo assassinado foi queimado.87 Ele lhes concedeu a liberdade do culto público, e assim deu-lhes um estatuto jurídico de uma sociedade religiosa. Augusto confirmou estes privilégios, sob o seu reino foram numerados já por milhares na cidade. Seguida de uma reacção por parte de Tibério e Claudio que expulsaram os Judeus de Roma, mas eles cedo voltaram, e conseguiram garantir o livre exerçicio dos seus ritos e costumes. As frequentes alusões satíricas que eles sofriam, provam a sua influênçia, bem como a aversão e desprezo que tiveram por parte dos Romanos. Seus ensinos atingiram os ouvidos de Nero através da sua esposa Poppaea, que parece tê-lo inclinado para a sua fé, e Josefos, o erudito mais distinto dos Judeus, gozava de favor dos três imperadores Vespasiano, Tito e Domiciano. Na língua de Seneca (citado conforme St. Agostinho) “os Judeus conquistados deram Leis aos conquistadores Romanos”. Pela a dispersão dos Judeus as sementes do conhecimento do verdadeiro Deus e da esperança messiânica foram cultivadas no campo do mundo idolatrado.
O Antigo-Testamento foram traduzidas para o Grego dois séculos antes de Cristo, e foram lidas e expostas à adoração pública de Deus, que estava aberta para todos. Cada sinagoga eram como estações onde se expandia o monoteísmo, e forneçeu aos apóstolos um admirável e natural lugar para a sua pregação de Jesus Cristo como o Messias esperado pela a Lei e os Profetas. Então como o paganismo religioso tinha sido irremediavelmente prejudicado pela filosofia céptica e incredualidade popular, muitos fervorosos Gentios especialmente multidões de mulheres, convertíam-se ao Judaísmo, no todo ou parcialmente. Quando convertiam-se totalmente à fé, chamados de “prosélitos rectos”88 eram, geralmente, ainda mais intolerantes e fanáticos do que os Judeus nativos. Aqueles parcialmente convertidos chamados “estrangeiros, dentro das tuas portas” ou “tementes a Deus” adoptaram apenas o monoteísmo, as prinçipais leis morais, e as esperanças messiânicas dos Judeus, sem terem sido circuncidados, aparecem no Novo-Testamento como o mais susceptível ouvinte do evangelho, e formaram o núcleo de muitas das primeiras Igrejas Cristãs. Desta classe foram o Centurião de Cafarnaum, Cornélio de Cesareia, Lídia de Tiatira, Timóteo, e muitos mais proeminentes discípulos.
segunda-feira, 13 de julho de 2009
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