sexta-feira, 10 de julho de 2009

O Poder Romano A Cultura Grega III

Continuação da anterior Postagem!

Este texto foi retirado do meu outro blog e este retirado do livro "History of the Christian Church" de Philip Schaff

A Roma Pagã viveu ainda muitos anos depois desta profecia, mas, as causas da decadênçia já estavam a impressas no primeiro século. A extensão imensa do império e a prosperidade externa, trouxeram consigo uma decadênçia das virtudes internas e civis que distinguiram os Romanos e os Gregos no passado. Os patriotas e executores, que vinham da guilhotina para o serviço público, mas que, retornavam humildemente à sua condição anterior, extinguiu-se. O seu culto aos Deuses, que era a raiz da sua virtude, não passava já de uma mera forma, entrando nas mais absurdas superstições, aumentando a descrença, até que os sacerdotes se rissem deles mesmos quando se encontravam na rua. Não raramente nós encontrámos a descrença e a superstição unidos nas mesmas pessoas, de acordo com a máxima da gnose que todos os extremos se tocam, assim o Homem deve acreditar em algo, e prestar culto quer a Deus quer ao Diabo.81
Mágicos e adivinhos abundavam, e eram patrocionados publicamente. A simplicidade e a satisfação antigas foram trocados pela a avareza e egoísmo sem limites. Moralidade e castidade, tão bem simbolizados no ministério da virgem Vesta, rendeu-se ao vício e à devassidão. O divertimento foi procurado nos combates realizados na arena entre bárbaros, bestas, gladiadores, o que, ocasionalmente consumia vinte mil vidas humanas em um único mês. As classes mais baixas perderam todos os nobres sentimentos, mas nada importava para “panem et circenenses”, que fez a orgulhosa cidade imperial no Tiber um escravo dos escravos. O enorme império de Nero e de Tibério, era como um gigante mas sem alma, indo, com pequenos passos, na certeza da dissolução final. Alguns dos imperadores foram demoníacos tiranos e monstros de iniquidade, e ainda assim eles eram entronizados entre os deuses pelo o voto do senado, altares e templos eram erigidos para a sua adoração. Este costume característico começou no tempo de César que mesmo durante sua vida foi honrado como o “Divus Julius” pelas as suas vitórias brilhantes, embora custassem mais do que milhões de vidas massacradas e outro milhão de cativos e escravos.82 A imagem negra em que São Paulo retrata o paganismo Romano nos seus dias, é sustentada inteiramente pelo Séneca, Tácito, Juvenal, Persius, e outros escritores pagãos da sua idade, e mostra a absoluta necessidade de redenção. “O mundo”, diz Séneca, em uma famosa passagem, “está cheio de víçios e crimes. Mais são cometidos do que pode ser curado pela a força. Há uma imensa onda de iniquidade. Os crimes já não são mais escondidos, mas feitos à vista de todos. Inocênçia é não somente rara, mas não existe”83 Até aqui foi evidençiado o negativo, mas por outro lado, o império universal de Roma foi um positivo campo de trabalho para a universalidade do Evagelho. Serviu como uma Babilónia, no qual todos crontaditórios e irreconciliáveis pecularidades das antigas nações e religiões foram dissolvidas no caos de uma criação nova. As legiões romanas arrasaram os muros entre as nações antigas, e trouxeram aos extremos do mundo civilizado a liberdade de comunicação, Norte, Sul, Este e Oeste unidos numa língua e cultura comuns, de costumes e leis comuns. Assim, evidentemente, embora conscientemente, abriu o caminho para a rápida propagação desta Religião que une todas as nações numa família de Deus pelo o vínculo espiritual da Fé e Amor.
A ideia de uma Humanidade comum, o que está subjacente a todas as distinções de raça, sociedade e educação, começou a alvoreçer na mente do paganismo, e encontrou expressão na famosa linha de Terênçio, que foi recebida em aplausos no teatro: "Homo sum: humani nihil a me alienum puto." Este espírito de humanidade respirou em Cícero e Virgílio. Daí a veneração feita ao poeta da Eneida pelos os Pais de toda a Idade Média. Santo Agostinho chama-o o mais nobre dos poetas, e Dante, “a Glória e Luz dos poetas” e “seu Mestre” que guiou-o pelas as regiões do inferno do purgatório até aos portões do Paraíso. Acredita-se que, em sua quarta Écloga, ele profetizou o advento de Cristo. Esta interpretação é errônea, mas “há em Virgílio” diz um erudito,84 “uma veia de pensamento e sentimento mais devoto, mais humano, próximo do Cristianismo do que se encontra em qualquer outro poeta antigo. Ele têm o espírito preparado e à espera, embora ele não soubesse, do que ia ser Revelado”.
As leis e instituições civis, também, a sábia administração de Roma ajudaram e muito na organização futura da Igreja Cristã. Como a Igreja Grega cresceu com base na Nacionalidade Grega, do mesmo modo a Igreja Latina cresceu sobre a Roma Antiga, reproduzindo em formas superiores tanto as suas virtudes como seus defeitos. O Catolicismo Romano é a Igreja Pagã Baptizada, uma reprodução Cristianizada sobre o velho império sentado na Cidade das sete Colinas.

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