sexta-feira, 3 de julho de 2009

Paganismo II

Continuação da anterior Postagem!

Este texto foi retirado do meu outro blog e este retirado do livro "History of the Christian Church" de Philip Schaff.

Não obstantes este facto essencial, a apostosia da verdade e da santidade, o paganismo era uma religião, crescendo atrás do “deus desconhecido”. Pela sua superstição traiu a necessidade da fé. Seu Politeísmo descansou num ofuscante fundo de Monoteísmo. Sujeitou todos deuses a Júpiter(Zeus), e o próprio Júpiter a uma misterioso destino. Teve uma voz da consciênçia, e um sentido obscuro, que não era mais do que o sentido da culpa. Por isso sentiu a necessidade de reconciliação com Deus, e procurou esta pela a oração, penitençia, e pelo o sacrifiçio. Muitas das tradições e usos das religiões pagãs, eram ecos fracos da religião primodial. Os seus sonhos mitológicos com a mistura dos deuses e semi-deuses com os homens, eram profeçias inconscientes e antecipações mundanas das verdades cristãs.
Isto sozinho explica a grande prontidão com que os pagões abraçaram o envagelho, à vergonha dos Judeus64.
Havia um espírito Judaico dispersado por todo o mundo pagão, que nunca recebeu a circunçisão, mas a circunçisão do coração despercebida ao homem e feita pelo mão do mesmo espírito foi derramada em abundançia e recebida, pois não está vinculada a nenhuma lei e recursos humanos. O Antigo-Testamento fornece diversos exemplos do verdadeiro devoto, mas fora da comunhão visível com o Judaísmo, nas pessoas de Melchisedec, o amigo de Abraão, sacerdote real prefiguração de Cristo. Jethro, sacerdote de Midian, Rahab, a mulher Cananeia e hospedeira de Joshua e Caleb, Ruth, o Moabitess e ancestral do nosso Salvador, Rei Hiram, o amigo de David, a Rainha de Sabá, que veio para admirar a sabedoria de Salomão, o Sírio Naaman, e espeçialmente Job, o sublime sofredor, que se regozijou com a esperança do Redentor65.
Os elementos da verdade, moralidade, e piedade espalharam-se durante todo o paganismo antigo devido a três fontes. No primeiro lugar, o homem, mesmo em seu estado de pecador, reteve alguns traços da imagem divina, um conhecimento de Deus,66 embora fraco, um sentido moral ou de consciênçia,67 e um anseio de união com Deus para a verdade e a Justiça.68 Nesta perspectiva, com Tertuliano, nós podemos ligar as belas e verdadeiras sentenças de Socrates, de Platão, de Aristóteles, de Pindar, Sófocles, Cícero, Virgílio, Séneca, Plutarco, “os testemunhos da alma constitucional cristã”69 de uma natureza predestinada ao cristianismo. Em segundo lugar, algumas observações devem ser feitas às tradições, costumes e recordações, embora caídas, vindas das revelações feitas desde Adão até Noé. Mas a terceira e mais importante fonte do paganismo, para antecipar e descobrir a verdade, é a providênçia do Todo-Poderoso Deus, que nunca se deixou sem uma testemunha. Particularmente devemos considerar, nos Pais do Grego Clássico, a influênçia do Logos divino ,antes da sua encarnação70, que era o regente da humanidade, a luz original da razão, brilhando na escuridão e iluminando cada homem, o semeador espalhando no solo do paganismo as sementes da verdade, da beleza, e da virtude71. A flor do paganismo, com os quais estamos tratando aqui, aparecem nas duas grandes nações da antiguidade clássica, a Gréçia e Roma. Com a língua, a moralidade, a literatura, e a religião destas nações, com que os Apóstolos entraram directamente em contacto, e toda a primeira idade da Igreja se move na base destas nações. Estes juntamente com os Judeus foram as nações escolhidas do mundo antigo. Os Judeus foram escolhidos para as coisas eternas, para manter o santuário da verdadeira Religião. Os Gregos preparam os elementos naturais da cultura, da ciênçia e da arte, para a utilização da Igreja. Os Romanos desenvolveram a ideia do direito, e organizou o mundo civilizado num império universal, pronto a servir a universalidade espiritual do evangelho. Ambos Gregos e Romanos eram inconscientemente servos de Jesus Cristo, “O Deus desconhecido”.
Estas três Nações, por natureza inimigas entre si, uniram as mãos na inscrição na Cruz, onde o nome Santo e o título Real de Redentor estavam escritos, pela ordem do pagão Pilatos “em Hebraico, Grego e Latim”72.

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