quinta-feira, 16 de julho de 2009

Posição central de Cristo na História do Mundo

Ainda antes de falarmos de Cristo e da sua Igreja, um pequeno resumo do que foi dito nas últimas postagens, ou seja, como o mundo foi preparado pela providênçia para a vinda de Cristo, no Judaísmo, pela revelação directa ao povo no qual este deveria nascer, e no Paganismo pela luz do "logos", da razão, que acabou num "grito impotente pela redenção da humanidade". Assim como Autor bem salienta, Cristo é o centro da história, o Sol da Humanidade, pois “Todas as coisas foram criadas por ele, e para ele”.

Este texto foi retirado do meu outro blog e este retirado do livro "History of the Christian Church" de Philip Schaff

Para ver claramente a relação da Religião Cristã com a História da humanidade anterior a Cristo, e para apreciar a sua vasta influênçia sobre todas as idades futuras, devemos primeiro olhar a preparação que existia em termos políticos, morais, religiosas e condição do mundo para o advento de nosso Salvador.
Como a religião é a mais profunda e sagrada preocupação do homem, a entrada da religião cristã na história é o mais importante de todos os eventos. É o fim do antigo mundo e o começo de um novo. Foi uma grande ideia de Dionysius “The Little” para datar os tempos a partir do nascimento do nosso Salvador. Jesus Cristo, Deus-Homen, o Profeta, Sacerdote, e Rei da Humanidade, é de facto, o centro e o ponto de viragem, não só da cronologia, mas de toda a história, e a chave para todos os seus mistérios. Em torno dele, como o sol do universo moral, giram em suas várias distâncias, todas as nações e todos os eventos importantes, na vida religiosa do mundo, e tudo, directamente ou indirectamente, conscientemente ou inconscientemente é para glorificar o seu nome e a avançar a sua causa. A história da Humanidade antes do seu nascimento deve ser vista como um preparação para a sua vinda, e a história depois do seu nascimento como uma gradual difusão do seu espírito e o progreso do seu Reino “Todas as coisas foram criadas por ele, e para ele”. Ele é “o desejo de todas as Nações”. Ele apareceu “na plenitude dos tempos,”45 quando o processo de preparação acabou, mostrando a necessidade da divulgação da rendenção total do mundo.
Esta preparação para o Cristianismo começou exactamente na criação do Homem, que foi feito à imagem e semelhança de Deus, e destinado a comunhar com Ele através do seu Eterno Filho; e com a promessa de salvação que Deus deu para os nossos primeiros pais, como uma estrela de esperança para guiar - nos através das trevas do pecado e do erro.46 Vagas memórias do primitivo paraíso e da queda no pecado, e esperanças numa futura redenção, sobreviveu mesmo no paganismo.
Com Abraão, 1900 anos antes de Cristo, o desenvolvimento religioso da humanidade separou – se em dois eixos independentes, e, nas direcções muitos diferentes de ramos de Judaísmo e Paganismo. O seu encontro e união, finalmente em Cristo como o comum salvador, o cumpridor das profecias, o desejado e as esperanças do mundo antigo. Enquanto ao mesmo tempo ambas as religiões com os seus elementos ímpios presseguiam e lutavam contra Ele e seus seguidores, e assim sucessivamente revelavam todo o seu poder de verdade e amor.
Como o Cristianismo é a reconçiliação e união de Deus com o Homem através de Jesus Cristo, o Deus – Homem, ela deve ter sido precedida por um duplo processo de preparação, uma abordagem de Deus ao homem, e uma abordagem do Homem a Deus. No Judaísmo a preparação é directa e positiva, procedendo de cima para baixo, e terminando com o nascimento do Messias. No Paganismo indirectamente, e, principalmente, mas não exclusivamente, negativa, procedente de baixo para cima, e que termina com um grito impotente pela redenção da humanidade. No Judaísmo temos uma revelação espeçial ou de auto-comunicação do único e verdadeiro Deus através da palavra e da escritura, crescendo cada vez mais clara, até, finalmente o divino Logos aparece na natureza humana, para que esta se una a ele Deus; Aqui o Homem guiado pela grande providênçia de Deus, e iluminado pelo o Logos brilhando nas trevas,47 Ainda sem ajuda directa da revelação, e sozinho para “caminhar nos seus próprios caminhos,”48 “a fim de que os Homens procurem a Deus e se esforçem por encontrá-lo.”49 No Judaísmo a verdadeira religião é preparado para o homem, no Paganismo o Homem é preparado para a verdadeira religião. Ali a divina Substançia encarna, aqui as formas humanas são moldadas para reçebe-lo. A forma é parecida com a parábola do filho pródigo, nesta o filho mais velho pede a sua parte da fortuna, e sai de casa, gastando tudo o que tinha cai como num abismo de perdição, arrependido volta à casa do seu pai que o recebe com muito amor.50 O Paganismo é a noite escura, cheia de trevas e medo, mas também como misterioso presságio, a da ansiosa espera pela a luz do dia. O Judaísmo, o amanhecer, cheio de esperança e promessa, ambos perdem-se no sol do Cristianismo, atestando a sua pretensão de ser a única verdadeira e perfeita religião para humanidade.
A preparação do paganismo foi parte intelectual e literária, parte política e social. A primeira é representada pelos Gregos, esta última pelos Romanos. Jerusálem, a cidade Santa, Atenas, a cidade da Cultura, e Roma, a cidade do Poder, podem se erguer pelos os três factores na preparação histórica, que acabou no nascimento do Cristianismo.
Este processo de preparação da redenção na história do mundo, o crescimento do paganismo à procura do “Deus desconhecido”51 , e a reconfortante esperança do Judaísmo, repete-se em cada indivíduo crente; Pois o Homem foi feito para Cristo, e “o seu coração é inquieto, até que encontra Cristo”

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